Mais de 250 novas áreas minerais são identificadas para a construção civil em Porto Velho e Candeias do Jamari

A região mapeada abrange parte de Porto Velho e município de Candeias do Jamari.

Publicada em 28 de May de 2015 às 19:33:00

 

Edgar Figueiredo destaca que o estudo possibilita o planejamento para a ocupação dos espaços urbanos

Edgar Figueiredo destaca que o estudo possibilita o planejamento para a ocupação dos espaços urbanos

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) apresentou na tarde dessa quarta-feira (27), no auditório do Sindicato da Construção Civil de Rondônia, o resultado do projeto “Materiais de Construção Civil da Folha Porto Velho”. Trata-se de um estudo, com duração de dois anos, que identificou 259 ocorrências minerais – brita, cascalho, areia e argila- para uso na construção civil, numa área de três mil quilômetros quadrados.

A região mapeada abrange parte de Porto Velho e município de Candeias do Jamari.

Do total, 255 são áreas com potencial inédito de exploração, assim caracterizadas: 66 para extração de areia, 94 para exploração de argila, 30 para granito e 65 para cascalho laterítico.

“Foram identificadas argilas para cerâmica de uso nobre e para a construção de telhas, algo que nunca foi explorado em Porto Velho”, afirma o chefe da Residência do CPRM de Rondônia e Acre, Edgar Romeo Herrera de Figueiredo Iza.

Segundo ele, o mais significativo é a possibilidade de promover o planejamento do espaço urbano. “É uma ferramenta essencial para o plano diretor da cidade, e que poderá ser utilizada por profissionais da engenharia, arquitetura, especialistas em urbanismo”, disse.

O projeto foi apresentado para estudantes e professores da Universidade Federal e Rondônia (Unir) e da Uniron; técnicos da prefeitura da Capital, do DER e Departamento de Obras e Serviços Públicos (Deosp); além dos presidentes do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), Emerson Campos; e do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), engenheiro Nélio Alencar; o diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Deolindo Oliveira, e o promotor de Justiça de Urbanismo, Adilson de Oliveira.

Marília, engenheira do DER, classificou projeto como inovador

Marília, engenheira do DER, classificou projeto como inovador

O chefe do Serviço Geológico Brasileiro, Edgar Figueiredo, destacou, ainda, o potencial de informações do projeto para melhorar o planejamento urbano, contendo o crescimento inadequado das cidades e possibilitando que novos empreendimentos sejam instalados para geração de emprego e renda, melhorando os indicadores econômicos da Capital e do Estado como um todo.

A engenheira civil do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER), Marilia Correa, denominou de “inovador” o projeto Materiais de Construção Civil da Folha de Porto Velho. Para ela, a Capital foi contemplada com esse estudo porque o Estado tem mostrado capacidade de desenvolvimento e pujança de seu potencial econômico.

Para Nélio Alencar, o estudo é oportuno para os poderes públicos e a iniciativa privada conhecerem o potencial que tem a Capital “para que possamos planejar a utilização de nossos recursos”. Alencar também avalia que a pesquisa abre possibilidade de trabalho para engenheiros e arquitetos.

O estudo com 116 páginas foi elaborado por uma equipe de seis pessoas, sob a coordenação do geólogo, Carlo Eduardo Oliveira. Os principais resultados foram a caracterização dos bens minerais, localização das áreas de extração e áreas potenciais; mapas geológicos, carta de potencialidades minerais e carta de uso e ocupação do solo.

O documento pode ser acessado no portal www.cprm.gov.br


Fonte
Texto: Mara Paraguassu
Fotos: Daiane Mendonça