20 empresários acusados de estupros de menores podem ser presos na capital

Um dos que já está na cadeia é o empresário e agiota José Edmar de Souza, dono do Supermercado Canadá, localizado no bairro São cristóvão, em Porto Velho. Ele é um homem considerado violento.

Publicada em 27/02/2013 às 07:05:00

Matéria atualizada às 15h30/27/02/2013

Porto Velho, Rondônia - O Ministério Público de Rondônia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou na manhã desta quarta-feira, dia 27 de fevereiro,  com apoio da Polícia Civil, a Operação Lâmia, destinada a desmantelar rede de prostituição envolvendo menores de idade que operava em Porto Velho.

Um dos presos é o empresário e agiota José Edmar de Souza, dono do Supermercado Canadá, antigo Mercado Souza,  localizado no bairro São Cristóvão, em Porto Velho. Edmar foi preso em casa por volta das 6 horas da manhã desta quarta-feira. A polícia encontrou quatro armas em sua residência, o que agrava ainda mais sua situação. Saiba mais sobre a prática de agiotagem por Edmar Souza clicando aqui.

Também foi presa a jovem Débora Francisca Lopes, de 20 anos, vendedora de cosméticos na capital, e Michele Araújo Silva, 22. Elas são  ligadas ao esquema de prostituição e aliciamento de menores desbaratado nesta quarta pelo MP.

As vítimas eram menores entre 13 e 16 anos, todas contratadas para fazer sexo em troca de R$ 50 a R$ 159,00, conforme detalhou, nesta manhã, o procurador geral de Justiça, Hérverton Alves Aguiar, ao lado do secretário de Segurança, Marcelo Bessa. As garotas moram na periferia da capital e eram aliciadas para fazer programa com os empresários.

Preso por estupro , Edmar era o principal cliente da rede de prostituição, que fornecia menores para 20 outros empresários conhecidos da capital. Eles também podem ser presos.

Na casa de Edmar foram encontradas quatro armas - duas pistolas ponto 40 e dois revólveres 38.

Desde as seis horas da manhã cerca de 40 policiais civis cumpriram  mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva na capital do Estado. Foram efetuadas três prisões.  A investigação realizada pelo GAECO, iniciada acerca de seis meses, colheu indicativos da atuação de uma rede de prostituição que explorava menores de dezoito anos. Os alvos da operação foram  intermediadores/facilitadores e “clientes” do serviço. A princípio os infratores estão incursos nas sanções previstas para os crimes sexuais praticados contra vulneráveis, dentre eles os capitulados nos artigos 217-A e 218-B do Código Penal.

O nome da operação faz referência a mitologia grega, segundo a qual Lâmia era uma rainha da Líbia, que se tornou um demônio devorador de crianças.

O Procurador-Geral de Justiça, Héverton Alves de Aguiar, ressaltou que "em obediência ao mandamento constitucional da necessária proteção integral com absoluta prioridade, estamos envidando esforços no combate a este esquema aviltante de comércio do corpo, que se prevalece da vulnerabilidade".

Com informações do MP