A culpa é sempre do TCE-RO e do MPE-RO

Como costuma acontecer, sempre que o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia e o Ministério Público do Estado de Rondônia investem contra os golpes de corrupção e as fraudes...

Publicada em 27 de October de 2016 às 09:40:00

por Valdemir Caldas

Como costuma acontecer, sempre que o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia e o Ministério Público do Estado de Rondônia investem contra os golpes de corrupção e as fraudes, que infectam o organismo administrativo, nos mais diferentes escalões de poder, os adeptos da política do “Mateus, primeiro os meus”, saem-se com as manjadas desculpas de estarem sofrendo “intensa campanha por parte dessas instituições”.

Mesmo com seus erros, até porque não há obra humana perfeita, O TCE-RO e o MPE-RO são, reconhecidamente, duas importantes sentinelas a serviço da sociedade rondoniense. Muitos daqueles que os criticam, são ditos e havidos como maus mandatários ou péssimos encarregados da coisa pública. São os mesmos que insistem em silenciá-los. No caso dos TCE’S, falam até em extinção. É mole?  

Assim tem sido e assim sempre será. Através da história de Rondônia (e para comprovar isso basta compulsar as suas páginas) maus cidadãos sempre procuraram atribuir aos órgãos de fiscalização a responsabilidade pelas suas diatribes e avanços sobre os recursos públicos. Não é preciso muita engenhosidade para compreender o conceito de moralidade pública que norteia as ações dessa gente.

Agora mesmo, o TCE-RO lançou um facho de luz sobre as trevas das aplicações financeiras do Ipam, o Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município de Porto Velho, envolvendo a compra de títulos com valores eventualmente acima dos praticados no mercado. Dias atrás, a Polícia Federal instaurou inquérito para apurar a possível ocorrência de gestão fraudulenta no Ipam, no valor de R$ 80 milhões.

Tudo isso se junta para formar um quadro deveras preocupante para muitos segurados do Ipam, que temem que ele tenha o mesmo fim melancólico do Iperon. A menina dos olhos do então prefeito Chiquilito Erse nunca foi tão vilipendiada, maltratada e ultrajada.

Ainda bem que o contribuinte portovelhense, em particular, e o Rondoniense, de modo geral, pode contar com a vigilância e o abrigo de organismos como o TCE-RO, o MPE-RO e a PF, para desespero dos que teimam em confundir o patrimônio público como um repasto à satisfação de interesses pessoais e de apaniguados.