Acadêmicos do curso de Arqueologia reivindicam construção de prédio

O prédio faz parte do rol de obras de compensação dos Consórcios Santo Antônio Energia (SAE) e Energia Sustentável do Brasil S.A. (ESBR) em contrapartida às construções das Usinas de Santo Antônio e Jirau, respectivamente.

Publicada em 15 de June de 2016 às 09:28:00

Acadêmicos do curso de Arqueologia da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) fizeram uma manifestação ontem, 14, na frente do prédio da UNIR-Centro, para reivindicar a construção do prédio de Arqueologia no Campus de Porto Velho. O prédio faz parte do rol de obras de compensação dos Consórcios Santo Antônio Energia (SAE) e Energia Sustentável do Brasil S.A. (ESBR) em contrapartida às construções das Usinas de Santo Antônio e Jirau, respectivamente. A construção do prédio do curso de Arqueologia visa atender o compromisso dos Consórcios no Projeto Básico Ambiental apresentado junto ao IBAMA.



Para atualizar as informações sobre o processo de construção da obra, o chefe de Gabinete da UNIR, professor Adilson Siqueira de Andrade, e a diretora de Engenharia e Arquitetura (DIREA/UNIR), engenheira Rosangela Oliveira Ferreira, receberam os representantes dos acadêmicos do curso de Arqueologia Alyne Mayra Rufino dos Santos, Edclei Siqueira de Oliveira e Eliamagda Sangi dos Santos.

Durante a reunião, a engenheira da UNIR explicou que há vários órgãos envolvidos no processo de construção do prédio, como o Ministério Público e o IPHAN, e que o início da obra não depende da UNIR, visto que o Termo de Cooperação foi assinado em 2013 e os Consórcios são responsáveis pela construção do prédio.

A acadêmica Alyne Mayra Rufino dos Santos disse que a preocupação dos alunos é que duas turmas já se formaram e que há três anos se fala em projeto, mas nada de concreto foi feito no local onde deve ser construído o prédio, no Campus de Porto Velho, e destaca que Rondônia é foco de arqueologia no mundo, mas sem um local adequado para abrigar o material coletado, já que não há espaço na Reserva Técnica da UNIR.

“Há um acervo imenso em Rondônia, mas não há espaço para depositar as pesquisas realizadas, o material recolhido através das escavações de sítios arqueológicos. Muito material vai para fora do Estado ou então corre o risco de ser deteriorado”, explicou Alyne.

O Termo de Cooperação celebrado entre UNIR, SAE, ESBR, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Advocacia Geral da União (AGU) para abrigar a Reserva Técnica de Arqueologia, foi assinado no dia 25 de abril de 2013.

A engenheira da UNIR informou que o início da obra de construção do prédio da Arqueologia, com base no processo e nas indagações feitas pela UNIR, depende das tratativas entre os dois Consórcios: SAE tem que entregar o projeto com as especificações e informações solicitadas pela ESBR. 

Fonte: UNIR