Administração Nazif: final de uma festa macabra

Valdemir Caldas

Publicada em 05 de October de 2015 às 07:32:00

A interlocutores, o prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif (PSB), costuma dizer que seu governo está andando. Devagar, mas está andando. Em parte Nazif tem razão. Na Câmara, porém, há quem discorde plenamente dele. E não são poucos. Há quem diga que ele está fazendo o caminho inverso, anteriormente percorrido pelo seu antecessor, Roberto Sobrinho, sobretudo em termos de realizações.

Para alguns, até agora, Nazif ainda não conseguiu dizer a que veio. Os mais radicais, no entanto, consideram sua administração um engodo, um grande equivoco, sem precedentes na história de Porto Velho.

Um dos grandes problemas do prefeito, durante a campanha, foi prometer demais, como, por exemplo, mandar construir uma policlínica em cada bairro. Agora, não consegue cumprir o que jurou à população nos palanques e programas eleitorais.

Onde estão as melhorias na educação,na iluminação pública, no transporte coletivo, no saneamento básico, dentre outras áreas do governo? Depois que Nazif cruzou a porta principal do palácio Tancredo Neves, as promessas viraram fumaça. E o povo, coberto de razão, começa a cobrar providências do dirigente municipal, que está mais perdido do que cego no meio do tiroteio.

Não são poucos os que acham que Nazif blefou, simplesmente porque fez promessas sabendo que não tinha condições de cumpri-las. Apresentou-se ao eleitorado como o administrador que revolucionária os costumes político-administrativos do município, mas, hoje, passados quase três anos no comando da prefeitura, fracassou, caiu em desgraça, principalmente entre aqueles que acreditaram no canto da sereia.

Nazif pode até ter boas intenções, mas isso não é suficiente para, pelo menos, amenizar os graves e complicados problemas contra os quais a população se debate. O cavalo passou e ele perdeu o estribo. Sua administração está com cara de final de festa macabra. Cruz-credo!