Advogado apresenta vereadores foragidos e critica “prisões arbitrárias” em Vilhena 

Filho de Jairo Peixoto nasceu em Porto Velho na semana passada, o vereador aguardava nascimento do seu filho para se entregar.

Publicada em 23 de November de 2016 às 12:36:00

Na tarde de terça-feira, 22, em entrevista à imprensa, logo após apresentar os vereadores Jairo Peixoto (PP) e Marta Moreira (PSC) na DPC de Vilhena, o ex-deputado federal Agnaldo Muniz, que atua como advogado dos dois, classificou como “arbitrários” os mandados contra eles. 

O profissional do Direito acompanhou todos os procedimentos legais exigidos antes do recolhimento e levou Jairo pessoalmente à Cadeia Pública, onde ele se juntará a outros vereadores. Também atravessou a DPC, cercado por jornalistas, e embarcou Marta num carro, no qual ela seguiu para o Presídio Feminino.

Muniz explicou que a demora dos parlamentares para se entregar se deve ao “momento oportuno” para a apresentação de provas. “Antes, apenas a acusação apresentava provas. Agora, no curso do processo eles irão provar que são inocentes”.

 Ao se posicionar de forma veemente contra as prisões, Muniz enumerou argumentos para sustentar a acusação: “Os dois são cidadãos de Vilhena, onde são conhecidos e não iriam atrapalhar as investigações. Não havia motivos para que eles fossem presos”.

Reforçando que não existem elementos para uma condenação de seus clientes, o advogado lembrou que, nas buscas realizadas nas casas e gabinetes dos dois, nada que os incriminasse foi encontrado. “Eles não iriam se furtar de esclarecer os fatos, por isso, considero que as prisões eram desnecessárias”.

 

E OS TERRENOS?

Confrontado com a acusação da PF, que aponta um terreno para Jairo, outra para Marta, que também teria recebido cheques no valor de R$ 4 mil no “esquema de loteamentos”, o ex-parlamentar foi cauteloso: “Agora vamos mostrar que teve muita coisa errada nesta investigação. Um vereador tem todo o direito de adquirir imóveis em qualquer loteamento da cidade”

 

HABEAS CORPUS

Ao revelar que já impetrou pedido de habeas corpus para Jairo e Marta no Tribunal de Justiça de Rondônia, recurso que será julgado nesta quinta-feira, 24, Agnaldo mostrou confiança numa decisão favorável: “Acredito que o Tribunal vai fazer justiça”.

 

O FILHO NASCEU

Como este site havia informado, o vereador Jairo Peixoto aguardava o nascimento de seu sexto filho para se entregar. Muniz contou que o garoto veio ao mundo numa maternidade de Porto Velho, na semana passada. “O bebê e a mãe passam bem”, revelou.

 


Fonte: Folha do Sul