Agentes penitenciários concluem curso para a utilização correta dos armamentos não letais dentro do sistema penitenciário

O secretário explica que não são utilizados armamentos letais dentro das unidades prisionais, pois podem trazer prejuízos tanto para o agente penitenciário como para quem está privado de liberdade.

Publicada em 04 de July de 2016 às 12:07:00

Um grupo de 17 agentes penitenciários do Estado de Rondônia concluiu na semana passada o curso de armas e munições não letais. Para o secretário de Justiça, Marcos Rocha, esse foi mais um curso oferecido para os agentes penitenciários para a utilização correta dos armamentos não letais dentro do sistema penitenciário.

O secretário explica que não são utilizados armamentos letais dentro das unidades prisionais, pois podem trazer prejuízos tanto para o agente penitenciário como para quem está privado de liberdade. “Além de aprenderem utilizar, agora eles estão habilitados a instruir outros servidores no uso desses equipamentos, com isso teremos a possibilidade de aumentar rapidamente o número de servidores habilitados na utilização desses armamentos”, explicou Rocha.

O curso teve a duração de dois dias com atividades teóricas e práticas, envolvendo os equipamentos que a secretaria adquiriu e agora está habilitada a utilizar e também a instruir os seus operadores.

O curso teve a duração de dois dias com atividades teóricas e práticas

Segundo o coordenador de treinamento não letal, Ricardo de Souza Soares, o curso de armas e munições não letais, que foi desenvolvido para a Sejus, consistiu num programa de dois dias em que houve uma série de atividades teóricas e práticas envolvendo os equipamentos que a secretaria adquiriu, estando, a partir de agora, habilitada a utilizar e também a instruir os seus operadores.

“Esse curso teve a finalidade de formar multiplicadores instrutores para que eles possam, dentro do sistema, dar instrução de conhecimento, facilitando o emprego correto das tecnologias não letais”, salientou Soares.

Durante o curso, foram realizadas discussões sobre a doutrina mundial de uso do equipamentos. Na parte prática, os agentes utilizaram granadas de explosivo, granadas de emissão, aprenderam usar o equipamento de proteção facial para o uso de agentes químicos, máscara contra gases e fizeram o exercício de uso do dispositivo elétrico incapacitante Spark.

Para o diretor da Cadeia Pública de Cerejeiras, Márcio José Pacheco, o dia a dia de trabalho dentro da unidade prisional ficará mais fácil. “Passamos a conhecer a tecnologia não letal e no momento propício estaremos disseminando esse conhecimento aos demais servidores que passarão a atuar com esses equipamentos”.

Conforme o diretor da Escola de Estudos e Pesquisas (Esep) da Sejus, Cláudio Negreiros, a Sejus adquiriu equipamentos de menor potencialidade não letal, spark, dispositivo elétrico incapacitante, espargidor de pimenta, gás lacrimogênio e granada de efeito moral. ”Faltava à capacitação das pessoas para operar. A capacitação sempre era terceirizada, mas agora a Condor do Rio de Janeiro formou instrutores da própria secretaria que atuarão como multiplicadores em todas as unidades do Estado. O Estado entende que o agente penitenciário tem que estar capacitado para desenvolver um bom trabalho com as pessoas privadas de liberdade”, finalizou.