Agevisa orienta população para o controle de caramujos africanos em Rondônia

Nesta época do ano, com as chuvas intensas, é comum encontrar em quintais, hortas e jardins, algumas espécies de caramujos.

Publicada em 23 de janeiro de 2017 às 09:18:00

Nesta época do ano, com as chuvas intensas, é comum encontrar em quintais, hortas e jardins, algumas espécies de caramujos. Hospedeiro de várias doenças, inclusive a esquistossomose (ou barriga d’água) e a meningite, a infestação deste tipo de caracol deixa os moradores preocupados, já que se reproduzem muito rápido, colocando em média de 50 a 400 ovos por ano.

Segundo o coordenador do Programa Estadual de Controle de Esquistossomose e Geo-Helmintíase/Agevisa, Nilton Neves, o caramujo africano, mais conhecido como “gigante africano”, pode ser encontrado com facilidade na região amazônica. Esse caramujo é o hospedeiro dos vermes que chamamos de costaricensis e cantonensis que podem causar dores abdominais, hemorragias, até mesmo lesão ocular que podem levar à cegueira.

Mesmo que em Rondônia não tenha confirmado nenhum caso de doenças causadas pelo caramujo africano, é importante a população tomar medidas de prevenção para o controle da infestação, como por exemplo, eliminar lixos, pneus, latas, entulhos, tijolos e madeiras dos quintais, além de catá-los, que é a principal medida recomendada para eliminá-los.

Neves mencionou que é muito comum as pessoas colocarem sal para matar o caramujo, porém não é adequado, já que o sal pode prejudicar o solo e a vegetação do local, e as conchas não descartadas corretamente podem servir como criadouros de mosquitos, como o Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika vírus e chikungunya.

O correto é utilizar luvas de borracha para fazer catação manual dos caramujos e ovos em jardins, hortas e pomares. Após a coleta desses moluscos, é necessário enterrá-los em uma vala forrada com cal virgem evitando, assim, a contaminação do solo.

ESQUISTOSSOMOSE

A esquistossomose, segundo o Ministério da Saúde, é causada pelo schistosoma, parasita que necessita, além do homem, da participação de caramujos de água doce, do gênero Biomphalaria, para completar seu ciclo vital. Na fase adulta, o parasita vive nos vasos sanguíneos do intestino e fígado do hospedeiro definitivo.

Segundo o banco de dados da Coordenação do Programa Estadual de Controle de Esquistossomose e Geo-Helmintíase/Agevisa, foram registrados em Rondônia 51 casos importados de esquistossomose (ou barriga d’água) no ano de 2016. “Em todos os casos, as pessoas foram contaminadas em outros estados e descobriram em Rondônia que estavam com o verme”, explicou Neves.

 

Fonte
Texto: Marilza Rocha
Fotos: Secom