Audiências públicas são interrompidas após protesto em Rondônia

Os eventos tinham o objetivo de debater com a sociedade os impactos ambientais do projeto de ampliação de geração de energia na Usina Hidrelétrica (UHE) Santo Antônio, com aumento de 80 centímetros na cota do reservatório.

Publicada em 18 de August de 2016 às 11:45:00

 Audiências públicas agendadas para os dias 12 e 13 de agosto, respectivamente em Jaci-Paraná e Porto Velho, em Rondônia, foram interrompidas após protestos do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que geraram tumultos.

Os eventos tinham o objetivo de debater com a sociedade os impactos ambientais do projeto de ampliação de geração de energia na Usina Hidrelétrica (UHE) Santo Antônio, com aumento de 80 centímetros na cota do reservatório. O tema tem gerado apreensão na região, o que se refletiu no número de participantes em ambas as audiências: cerca de quatrocentas pessoas foram estimadas no distrito de Jaci-Paraná, e mil em Porto Velho.

Na manhã do dia 12 de agosto houve reunião entre representantes do Ibama e do MAB, que se posicionou contra a realização das audiências, alegando a existência de problemas relacionados à operação da UHE Santo Antônio que permaneceriam sem solução. Na oportunidade, ouviram explicações da diretora de Licenciamento Ambiental e da presidente do Ibama no sentido de que a audiência pública tem por finalidade abrir espaço para essas reivindicações da sociedade, além de ser o momento para esclarecer nuances técnicas que, por sua complexidade, não chegariam de forma clara e compreensível à população.

Para conduzir as duas audiências públicas foram designados servidores tanto da Diretoria de Licenciamento Ambiental em Brasília quanto da Superintendência do Ibama em Rondônia, evidenciando a relevância do assunto na pauta do Instituto. Em todos os momentos o Ibama buscou preservar a continuidade das audiências, em respeito àqueles que compareceram para ouvir e se manifestar. Por questões de segurança, contudo, as audiências foram interrompidas.

O Ibama lamenta que as populações de Jaci-Paraná e de Porto Velho tenham sido privadas dessa oportunidade, já que várias pessoas procuraram os representantes do Ibama para manifestar seu desejo de participar e de serem ouvidas, o que foi inviabilizado.

Independentemente do ocorrido, o Ibama manterá sua postura sempre aberta ao amplo diálogo, a fim de garantir o processo participativo no licenciamento ambiental e propiciar o gerenciamento dos conflitos existentes na região.

O novo calendário de audiências ainda não foi definido.

Mais informações:

Ata da audiência pública realizada em 12 de agosto.

Ata da audiência pública realizada em 13 de agosto.

Assessoria de Comunicação do Ibama