Banco do Brasil lidera recordes de reclamação em Rondônia

O banco ainda desrespeita as leis municipais que determina o tempo de espera nas filas, que é de 20 minutos em dias normais e de 25 minutos em vésperas de feriados e dias de pagamentos.

Publicada em 04/12/2012 às 07:16:00

Menos de uma semana depois que foi palco do Dia Nacional de Luta, em todos os estados, em protesto contra a perseguição e humilhação aos funcionários que participaram da última greve e os que lutam pelo direito à jornada de seis horas, o Banco do Brasil agora voltou a ser objeto de mais uma unanimidade entre funcionários e, principalmente, entre seus clientes e usuários.

O BB, que é o maior banco público do país, simplesmente lidera a lista das instituições financeiras que mais são alvo da reclamação da população, especialmente em órgãos como o Procon e as Secretarias Municipais de Fazenda, responsáveis pela fiscalização dos bancos em cada cidade.

Em Porto Velho o caos, segundo José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB/RO), se instalou nas agências do BB, especialmente por conta da carência de funcionários e, consequentemente, o atendimento que fica comprometido e gera a revolta dos clientes e causa o adoecimento dos funcionários, muitas vezes, vítimas da cólera generalizada gerada nas pessoas que esperam até duas horas para serem atendidas.

"E tudo isso é por conta do desrespeito e o descaso do banco, que não contrata mais funcionários e ainda persegue os que já estão lá. E depois deste PSO (Programa de Suporte Operacional) que o banco implantou, as coisas apenas pioraram. Os trabalhadores, quando adoecem, não são substituídos, ou seja, o banco não põe uma outra pessoa no lugar daquela que não pôde trabalhar naquele dia e, assim, o atendimento que já é carente, por falta de funcionários, é ainda mais comprometido. Aliás, a Superintendência do BB em Rondônia mente para o Sindicato quando diz que vai convocar os aprovados no último concurso público e aumentar o quadro funcional, pois, até o momento, além de não chamar os aprovados, ainda se faz de desentendida e nem sequer toca no assunto mais. Ou seja, é um completo descaso não apenas com os trabalhadores, mas principalmente com toda a população", desabafa Pinheiro.

O dirigente menciona ainda que, pela carência de funcionários e o consequente atendimento 'estrangulado', o banco ainda desrespeita as leis municipais que determina o tempo de espera nas filas, que é de 20 minutos em dias normais e de 25 minutos em vésperas de feriados e dias de pagamentos de servidores públicos.

"Mas, para piorar, algumas agências do BB que visitamos recentemente não oferecem qualidade nem mesmo no autoatendimento, ou seja, em algumas unidades, nem um caixa eletrônico funciona, ou sempre está fora do ar, indisponível. Ora, se chegamos a esta situação então podemos dizer que estamos vivenciando um legítimo caos dentro das agências do maior banco público do país, e isto é uma vergonha que não pode ser ignorada pela população e muito menos pelos órgãos fiscalizadores", concluiu o presidente.