Bancos dizem 'não' para as reivindicações dos bancários e a resposta é ampliação da greve
114 bancos fechados em Rondônia, de um universo de 130 agências existentes no Estado.
114 bancos fechados em Rondônia, de um universo de 130 agências existentes no Estado. Um índice de 86% e que se mantém no 14º dia da greve nacional dos bancários, fruto da postura de desrespeito e arrogância dos banqueiros nas mesas de negociação até agora.
É uma das mais fortes greves da categoria na história e, ainda assim, os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se mostra totalmente disposta a levar adiante a proposta de rebaixar os salários dos bancários, oferecendo um índice bem abaixo do reivindicado pela categoria e ainda um abono salarial que traria apenas perdas para a carreira do trabalhador, uma política que já foi abolida há muitos anos e que novamente vem sendo proposta de forma intransigente e descabida.
“Desde o dia 9 de agosto, quando entregamos a pauta de reivindicações, foram realizadas oito rodadas de negociação até o momento, e mesmo agora, com duas semanas de greve, os bancos não estão agindo com seriedade e por duas vezes vieram à mesa para dizer ao Comando Nacional dos Bancários que não tinham nenhuma proposta a apresentar. Uma verdadeira afronta aos trabalhadores, que não vão recuar e vão ampliar a luta para dar este recado aos bancos", afirma José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).
AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS
* Reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação.
* PLR de três salários mais R$ 8.317,90 fixos para todos.
* Piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
* Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
* Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
* Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
* Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
* Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: SEEB/RO