Carne podre

Valdemir Caldas

Publicada em 20 de março de 2017 às 09:15:00

Recente operação da Polícia Federal em seis estados (São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás) e no Distrito Federal desarticulou uma quadrilha que colocava no mercado carne podre.

Causa revolta, contudo, é saber que, entre os envolvidos, aparecem servidores públicos, que recebem do contribuinte para zelar pela boa qualidade dos produtos oferecidos à população. Será que a ganância dessa gente não conhece limites?

Quem vende produtos estragados não só comete crime contra a economia popular, mas, principalmente, contra a vida. Por isso, quem assim procede deveria ser punido com prisão perpétua.  Onde já se viu comercializar alimentos contaminados com bactérias, ou, então, usar substâncias cancerígenas para conservá-los.

Mas será que isso só vinha acontecendo apenas nesses estados? Será que a população rondoniense também não vem comprando gato por lebre, consumindo produtos condenados e, certamente, impróprios para o consumo humano?

A sociedade não pode ficar à mercê desse tipo de crime contra a saúde pública e, certamente, mecanismos precisam ser acionados pelos órgãos competentes para proibir, para coibir, para impedir que o consumidor continue sendo enganado, comprando carne (e seus derivados) sem as mínimas condições de higiene.

Falar-se que se trata de mais uma calamidade pública seria até redundância. Evidentemente que esse setor não pode ser desprezado ou tratado com indiferença e omissão por parte das autoridades sanitárias. A prefeitura de Porto Velho precisa promover intensa fiscalização para verificar a qualidade dos produtos que entram nos lares portovelhenses. 

O povo não pode continuar consumindo carne podre. Isso é um acinte intolerável, inadmissível e que, por isso mesmo, precisa ser reprimido em respeito à saúde da população. Chega de agressão ao consumidor, que, além de pagar caro por alguns produtos, ainda é obrigado a comer comida estragada.