Os sectários do ex-senador Expedito insistem em dizer que ele está apto a disputar a sucessão estadual deste ano, apesar de os fatos apontarem na direção da inelegibilidade. As evidências jurídicas são fortes e, de tão óbvias, parece-me supérfluas enumerá-las.

Fazer o quê? Cada um tem o direito de acreditar no que quiser. Afinal, Deus nos fez homens livres. Mas pretender meter goela abaixo teorias livrescas e teses acadêmicas de nenhum conteúdo prático, é querer subestimar a capacidade das pessoas.

Não precisa, contudo, ser nenhum expoente do direito para saber que ele dificilmente conseguirá registrar candidatura junto à Justiça Eleitoral de Rondônia para disputar o pleito de 2014. A meu ver, presta desserviço ao estado os que, afoitamente, teimam em lançá-lo pré-candidato à sucessão do governador Confúcio Moura.

A realidade eleitoral, com tantos problemas à vista, é mais difícil, profunda e cruel do que alguns ditos especialistas no assunto ou adeptos do toma-lá-dá-cá querem ofuscar.

A luta de Expedito para subir as escadarias do palácio Getúlio Vargas tem todos os ingredientes para redundar estéril. O quadro clínico eleitoral do paciente é irreversível. Somente um milagre conseguiria tirá-lo da UTI. O sonho de regressar a vida pública parece cada vez mais distante. Lançar pedra sobre os que pensam diferentes, com insinuações capciosas, não é e jamais será a melhor estratégia.

Tudo parece conspirar contra Junior. Nos últimos dias chegou-se a cogitar da possibilidade de que ele jogaria a toalha e negociaria apoio à reeleição do governador Confúcio. Até onde isso é verdade, só o tempo dirá. Por enquanto, a única certeza que permeia a cabeça de muita genteé a de que o ex-senador é carta fora do barulho sucessório.