Caso Roberto Sobrinho fica no limbo petista

Algo típico do PT, partido onde os líderes costumam marcar uma reunião para decidir data e horário da próxima reunião.

Publicada em 08/05/2012 às 02:32:00

Da reportagem do Tudorondonia – Nilton Salina

A executiva estadual do Partido dos Trabalhadores julgou a denúncia contra o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), que montou uma empresa funcionando no endereço de sua própria residência. Ele recebe indiretamente dinheiro das usinas do Madeira, que também repassaram à prefeitura recursos como compensação pelos danos causados na Capital pelas obras.
A votação para decidir se o prefeito seria ou não punido ficou empatada em quatro a quatro. Algo típico do PT, partido onde os líderes costumam marcar uma reunião para decidir data e horário da próxima reunião, onde será resolvida alguma coisa. Agora, os petistas deverão marcar uma reunião para estudar a situação.

O caso Roberto Sobrinho acabou indo parar em uma espécie de vácuo criado pela indecisão dos dirigentes partidários. Anteriormente uma punição era quase certa, mas como o partido demorou a marcar a reunião para decidir, como sempre, o prefeito se movimentou e conseguiu cooptar importantes apoios dentro do diretório estadual.

Agora os dirigentes do PT em Rondônia não sabem o que fazer com o prefeito. Não está previsto no estatuto como agir em caso de empate. Um caminho pode ser acionar a executiva nacional, para que esta decida então se Roberto Sobrinho deve ou não ser punido.

O escandalo foi divulgado pela imprensa nacional. O prefeito montou uma empresa, comprou veículos e os alugou para empresas terceirizadas, que tem contrato com as usinas do Madeira. É a prefeitura quem concede alvarás de funcionamento para essas empresas.

A casa de Roberto Sobrinho está sob a vigilancia de seguranças contratados pela prefeitura. Isso significa que os vigilantes pagos pelo município também cuidam da empresa particular, que pertence a Sobrinho. A situação foi denunciada ao PT, mas deu no que deu.