CDS: Confúcio leva quatro dias inventando mentiras para tentar explicar privilégios financeiros de seus comissionados

O que o Governo fez foi extinguir CDS de valores inferiores para que os assessores de Confúcio ocupassem cargos comissionados com valores muito maiores.

Publicada em 23 de May de 2013 às 13:03:00

Da reportagem do Tudorondonia



O Governo Confúcio Moura (PMDB)  levou  quatro dias elaborando uma mentira para tentar convencer a opinião pública de que não beneficiou cargos comissionados com ganhos de até 300% a mais do que os CDS ocupados anteriormente por esse assessores ligados diretamente ao chefe do Poder Executivo Estadual.

A princípio, Confúcio pensava em não dar nenhuma explicação para o problema, mas, diante da reação de diversas categorias de servidores públicos, decidiu tentar convencer a opinião pública de que seus assessores não foram beneficiados, em detrimento de outras categorias. Foi  preciso inventar uma série de mentiras para tentar aplacar a revolta dos servidores do quadro efetivo, que estão em greve, diante da  informação de que foram cconcedidos mais  privilégios aos comissionados da República de Ariquemes.

O Governo diz que conseguiu corrigir uma distorção na estrutura administrativa sem provocar impactos na folha de pagamento.Mentira deslavada.

Com a "correção desta distorção", somente com a Secretaria de Finanças o Governo terá de passar a desembolsar, anualmente, R$ 1 milhão e duzentos mil reais.

De acordo com o Governo, " a correção ocorreu com a aprovação, pela Assembleia Legislativa, do Projeto de Lei Complementar que altera o anexo II, da Lei Complementar 224, de 4 de janeiro de 2000, no que se refere às nomenclaturas e aos quantitativos dos cargos de provimento em comissão, relativos às tabelas do Gabinete do Governador, Casas Civil e Militar, Secretarias de Estado de Finanças (Sefin), do Planejamento e Coordenação Geral (Seplan) e de Administração (Sead)".

Para tentar sustentar a mentira deslavada, o Governo escalou um  Técnico-Legislativo. Nas suas tentativas de explicar o esquema, ele contou pelo menos uma verdade. Disse que, na prática, houve a extinção de alguns cargos comissionados. È verdade. Mas Helder esqueceu de dizer que os ocupantes destes cargos extintos e de menor valor  passaram a ocupar outros CDS com valores superiores ao que recebiam anteriormente. Alguns, como na Sefin, passaram a ganhar 300% a mais do que recebiam com o CDS antigo.

O que o Governo fez foi extinguir CDS de valores inferiores para que os assessores de Confúcio ocupassem cargos comissionados com valores  muito maiores.

A mentira é tão grande que o Governo diz que não houve impacto na folha, " pois o quantitativo excedente já ocupava cargo comissionado em outros setores e foi apenas removido, sendo exonerado de uma pasta e nomeado em outra". É mentira. Quem ocupou outro CDS está ganhando mais. Alguns CDS antigos, extintos, tinham valores inferiores a R$ 3.000,00. Os felizes sortudos que fizeram essa "transposição" para outros CDS passaram a embolsar, mensalmente, R$ 7 mil ou até mais.

“Não houve aumento dos Cargos de Direção Superior (CDS), mas a readequação com a extinção em uma secretaria e a criação em outra”, argumenta o Governo, esquecendo de dizer que esse "outro CDS" tem valor maior do que o anterior.

DE OLHO NA TRANSPOSIÇÃO Em meio a tanta mentira, o Governo mostrou que já está de olho no dinheiro da transposição para gastar com CDS: "Para evitar possíveis impactos existem cargos que só serão ocupados após a transposição dos servidores para os quadros da União, que permitirá economia anual de mais de R$ 300 milhões aos cofres do Estado".

Até hoje o Governo não falou em dar aumento salarial para os agentes penitenciários, socioeducadores, trabalhadores em educação , policiais civis e demais servidores da segurança pública por conta da economia com a transposição, mas já se adiantou afirmando que pretende ocupar mais cargos de CDS com a economia desses recursos.


No caso da Sefin, de acordo com a mentira do Governo, a mudança dos CDS deve-se à criação da Superintendência de Contabilidade, "que requer pessoal com formação específica".

O que o Governo fez foi aumentar a folha de pagamento daquela secretaria em mais R$ 1 milhão e 200 mil porque vários assessores vinham reclamando dos " baixos salários "pagos pelo Governo.

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