Com o preço da tarifa de energia elétrica nas nuvens, a saída e voltar aos tempos da lamparina

Valdemir Caldas

Publicada em 02 de March de 2015 às 16:42:00

O rondoniense sofre, a partir de hoje, mais uma redução em seus ganhos, com a entrada em vigor do aumento da tarifa de energia elétrica - um presente de grego do governo Dilma, que, durante a campanha eleitoral, prometeu, dentre outras coisas, reduzir impostos e combater a corrupção.

Por mais que se esforcem, os burocratas do governo não conseguirão justificar o reajuste de quase dezessete por cento. O mais provável é que seja para cobrir parte do rombo causado pela máquina de roubar que se instalou no atual governo.
Sacrificamos o nosso mais importante rio. Mudamos o clima. Escorraçamos pessoas de seus lares. Muitas viviam da agricultura e, hoje, estão em casas de parentes, amigos, ou amontoadas debaixo de lonas improvisadas, sem as mínimas condições de habitabilidade. Matamos uma infinidade de peixes e árvores. Tudo isso em troca da construção de duas usinas, que nos forneceriam energia boa e barata.

Houve até quem mandasse confeccionar e distribuir adesivos com frases do tipo “usinas já!” ou “queremos as usinas”, dentre outras bobagens do gênero. Só agora caiu a ficha. Fomos enganados, mais uma vez. Descobrimos que tudo não passou de uma arapuca. Mas agora é tarde. O estrago já está feito e não mais adianta chorar o leite derramado.
Nesse enredo macabro, uma minoria saiu ganhando, enquanto a maioria ficou no prejuízo, pagando uma das tarifas de energia mais cara do planeta. Prevaleceram os interesses corporativos, que se esteiam em práticas que somente a consciência da sociedade terá forças de extirpá-los, como já o fez, em ocasiões anteriores. Com um aumento atrás do outro e as frequentes interrupções no fornecimento de energia, logo voltaremos aos tempos da lamparina.