Comissão de Segurança da Assembleia destaca questões dos policiais militares
Forma como foi divulgada a revista ocorrida na segunda-feira no Urso Branco foi criticada por parlamentar. PMs não terão hora extra durante o carnaval. Parlamentares apoiam curso superior para a Polícia Militar.
Geovani Berno
Segundo Anderson (dir.), a forma como foi realizada a entrevista coletiva deixou dúvidas sobre o trabalho realizado e colocou os agentes penitenciários como corruptos
Na reabertura dos trabalhos das comissões , a Comissão de Segurança Pública (CSP) da Assembleia Legislativa de Rondônia tratou da questão da regulamentação da jornada de trabalho dos policiais militares e e também sobre os presídios de Porto Velho.
O presidente da CSP, deputado Jesuíno Boabaid (PMN), disse que não haverá pagamento extra aos militares durante o trabalho no Carnaval. Afirmou que não há lei estadual que regula a jornada de trabalho dos militares. Foi aprovado pelos demais membros o encaminhamento do comandante geral da PM, coronel Ênedi Dias, ofício para que se manifeste quanto ao ante-projeto que trata sobre este tema.
Sobre a obrigatoriedade de policiais militares terem curso superior, o deputado Jesuíno se disse favorável, bem como a alteração na idade para ingresso na corporação, que hoje é de 28 anos para 35.
O deputado Anderson do Singeperon (PV) também é favorável ao oficial da PM e BM ter curso superior, “mas com melhor aproveitamento destes profissionais pelo Estado”.
O parlamentar também criticou a forma como foi divulgada a revista realizada na segunda-feira (20) na unidade prisional da capital, Urso Branco, com o apoio do Exército Brasileiro.
Segundo Anderson, a forma como foi realizada a entrevista coletiva deixou dúvidas sobre o trabalho realizado e colocou os agentes penitenciários como corruptos. “Primeiro que não foi ressaltado na coletiva que o trabalho foi acompanhado pelo Exército, mas quem fez realmente a revista foram os agentes, pois sem o apoio deles, nada teria sido encontrado”.
O parlamentar também criticou o fato de não terem sido mostradas imagens dos itens apreendidos durante a revista. “Ora, se falam que “xis” celulares foram encontrados, então que se mostre. A situação ficou obscura”, ressaltou Anderson.
O deputado Anderson deixou claro que a Secretaria de Justiça precisa atuar de forma mais clara e sua Corregedoria atuar efetivamente. “Se há suspeitas de corrupção entre os agentes, que sejam punidos, presos. O que não pode é ficar acusando toda uma categoria”. Finalizou afirmando que o Exército deveria atuar na segurança de fronteiras, impedindo a entrada de contrabandos e armas.
O deputado Jesuíno elogiou os comentários do participante da reunião e solicitou que os deputados faltosos da Comissão, que não justificam ausência, sejam notificados e que um seja substituído pelo deputado Anderson “para que trabalhemos efetivamente pela melhoria na Segurança Pública deste Estado”.
Também foram deliberados encaminhamento de ofício ao secretário de Justiça para justificar a questão das revistas nos presídios e de possível corrupção entre os agentes.
Sobre encaminhamentos, o deputado Jesuíno destacou denúncias recebidas relacionadas às condições do 5º Batalhão de Polícia Militar, que já está sendo resolvida e sobre a promoção por ato de bravura de um soldado bombeiro militar que também já foi comprovada e encaminhada.
Também participou da reunião o deputado Laerte Gomes (PSDB).