Comissão de Segurança da Assembleia destaca questões dos policiais militares

Forma como foi divulgada a revista ocorrida na segunda-feira no Urso Branco foi criticada por parlamentar. PMs não terão hora extra durante o carnaval. Parlamentares apoiam curso superior para a Polícia Militar.

Publicada em 21 de fevereiro de 2017 às 14:03:00

Geovani Berno                                                                 

Segundo Anderson (dir.),  a forma como foi realizada a entrevista coletiva deixou dúvidas sobre o trabalho realizado e colocou os agentes penitenciários como corruptos

Na reabertura dos trabalhos das comissões , a Comissão de Segurança Pública (CSP) da Assembleia Legislativa de Rondônia tratou da questão da regulamentação da jornada de trabalho dos policiais militares e e também sobre os  presídios de Porto Velho.

O presidente da CSP, deputado Jesuíno Boabaid (PMN),  disse que não haverá pagamento extra aos militares durante o trabalho no Carnaval. Afirmou que não há lei estadual que regula a jornada de trabalho dos militares. Foi aprovado pelos demais membros o encaminhamento do comandante geral da PM, coronel Ênedi Dias, ofício para que se manifeste quanto ao ante-projeto que trata sobre este tema.

Sobre a obrigatoriedade de policiais militares terem curso superior, o deputado Jesuíno se disse favorável, bem como a alteração na idade para ingresso na corporação,  que hoje é de 28 anos para 35.

O deputado Anderson do Singeperon (PV) também é favorável ao oficial da PM e BM ter curso superior, “mas com melhor aproveitamento destes profissionais pelo Estado”.

O parlamentar também criticou a forma como foi divulgada a revista realizada na segunda-feira (20) na unidade prisional da capital, Urso Branco, com o apoio do Exército Brasileiro.

Segundo Anderson, a forma como foi realizada a entrevista coletiva deixou dúvidas sobre o trabalho realizado e colocou os agentes penitenciários como corruptos. “Primeiro que não foi ressaltado na coletiva que o trabalho foi acompanhado pelo Exército, mas quem fez realmente a revista foram os agentes, pois sem o apoio deles, nada teria sido encontrado”.

O parlamentar também criticou o fato de não terem sido  mostradas imagens dos itens apreendidos durante a revista. “Ora, se falam que “xis” celulares foram encontrados, então que se mostre. A situação ficou obscura”, ressaltou Anderson.

O deputado Anderson deixou claro que a Secretaria de Justiça precisa atuar de forma mais clara e sua Corregedoria atuar efetivamente. “Se há suspeitas de corrupção entre os agentes,  que sejam punidos, presos. O que não pode é ficar acusando toda uma categoria”. Finalizou afirmando que o Exército deveria atuar na segurança de fronteiras, impedindo a entrada de contrabandos e armas.

O deputado Jesuíno elogiou os comentários do participante da reunião e solicitou que os deputados faltosos da Comissão, que não justificam  ausência,  sejam notificados e que um seja substituído pelo deputado Anderson “para que trabalhemos efetivamente pela melhoria na Segurança Pública deste Estado”.

Também foram deliberados encaminhamento de ofício ao secretário de Justiça para justificar a questão das revistas nos presídios e de possível corrupção entre os agentes. 

Sobre encaminhamentos, o deputado Jesuíno destacou denúncias recebidas relacionadas às condições do 5º Batalhão de Polícia Militar, que já está sendo resolvida e sobre a promoção por ato de bravura  de um soldado bombeiro militar que também já foi comprovada e encaminhada.

Também participou da reunião o deputado Laerte Gomes (PSDB).