Criadouro de mordomias - Valdemir Caldas

Mas é exatamente isso o que vem acontecendo naquela casa de leis, presidida pelo deputado José Hermínio Coelho (PSD).

Publicada em 27 de August de 2014 às 17:34:00

Mais uma vez a Assembleia Legislativa de Rondônia exagera e se coloca sob o enfoque das criticas da opinião púbica. Pagar auxilio moradia a parlamentares que residem na capital, é o fim da picada. Mas é exatamente isso o que vem acontecendo naquela casa de leis, presidida pelo deputado José Hermínio Coelho (PSD), segundo noticiou o site Rondoniagora.

Onde estava Hermínio (que tantas vezes levantou a bandeira da moralidade contra a malversação dos dinheiros públicos e a
prática de ilicitudes eventualmente cometidas na administração Confúcio Moura) que não fez absolutamente nada para estancar essa canalhice, patrocinada com o sua dinheiro do contribuinte rondoniense? Ou será que só enxerga os defeitos de seus adversários?

E agora, José? Vai dizer o que quando for questionado pelo eleitor ao pedir-lhe o voto? Que desconhecia a mordomia?
O absurdo da situação não está, propriamente, no registro da ocorrência, por ser prática encontradiça em outros períodos da
história da ALE/RO. Não é a existência do auxilio moradia em si que deixa perplexa a sociedade, mas, sim, a sua aplicabilidade. Há um ditado segundo o qual quem muito cuida da casa do vizinho acaba se esquecendo da sua.

Pelo visto, de tanto se preocupar com os defeitos da administração Confúcio, Hermínio acabou relegando a própria instituição que preside. Causa, além de revolta, certa estupefação, o fato de ações tão agressivas à população rondonienses serem praticadas por aqueles cuja missão consiste, dentre outras atribuições, elaborar leis e fiscalizar a correta aplicação dos recursos extraídos dos contribuintes em forma de impostos, taxas e contribuições.

 Essa é mais uma greve denúncia confirmada contra a ALE/RO, entre tantas falcatruas em que se envolveram personagens daquela casa, que logo cairá na vala comum do esquecimento. Chega de absurdos, é o que exige a população, que só tem tido motivos para não acreditar na classe política – com pouquíssimas exceções.