CRMV-RO alerta para o perigo pós- enchente

A situação de calamidade pública em Porto Velho já foi reconhecida pelo governo federal. Até o momento já foram confirmados 17 casos de leptospirose.

Publicada em 15 de April de 2014 às 15:27:00

Porto Velho, Rondônia - A situação provocada pela cheia do Rio Madeira, em Porto Velho, é de calamidade pública . Famílias estão desabrigadas, animais estão morrendo e a contaminação das águas é dada como certa. Mas uma coisa tem preocupado muito as autoridades responsáveis pela saúde pública e pela Defesa Civil: a disseminação de doenças.


Segundo a médica veterinária, mestre em Vigilância em Saúde, Régia Pachêco Martins, da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho e membro do CRMV-RO, os perigos de contaminação de doenças, por meio do contato com a água das enchentes , é grande. Doenças como leptospirose, dengue e malária são apenas três das que podem surgir com essa enchente, tanto durante as cheias quanto  após o nível das águas baixarem. “Até o momento já foram confirmados 17 casos de leptospirose", relata  Régia.


Em virtude desse perigo,  o CRMV-RO alerta a população sobre a disseminação, formas de transmissão, manifestações clínicas e medidas de prevenção de doenças, em especial da leptospirose. A leptospirose é uma doença causada por uma bactéria presente na urina de ratos e outros animais, e transmitida ao ser humano, principalmente em situações pela qual Porto Velho está passando.

Bovinos, suínos, cães e gatos também podem adoecer e transmitir a leptospirose ao homem. Por isso,  o CRMV-RO faz um alerta para uma ação preventiva tanto contra a infecção como a transmissão da doença.

Dentre as fontes de infecção é preciso controlar a população de roedores; tratar animais de produção e de companhia; armazenar alimentos em locais apropriados; eliminar entulhos, entre outros. Já, como forma de evitar a contaminação, quando já existem casos da doença, faz-se necessário redobrar os cuidados com a água para consumo humano; promover a limpeza da lama residual das enchentes; evitar o contato com a água das enchentes, e utilização de equipamentos de proteção individual, principalmente para pessoas que mantém contato direto com o foco contaminado.


A situação das cheias do Rio Madeira deste ano é uma situação anormal e após a visita da presidente Dilma Rousseff a Porto Velho, o governo federal reconheceu a situação de calamidade pública. A magnitude dos danos e prejuízos ainda acarretará alguns dissabores, mas é preciso que todos se mantenham firmes e unidos no propósito de reconstruir a cidade após a estabilização do nível das águas.

Com informações de Wania Ressutti