Decisão de deixar governo Confúcio é acertada; PT precisa refletir sobre 2014, diz Padre Ton

A saída do partido do governo Confúcio Moura (PMDB) foi oficializada ontem (26) numa conversa entre a presidente da legenda, prefeita eleita de Jaru, Sonia Cordeiro.

Publicada em 28/12/2012 às 09:03:00

Porto Velho, Rondônia - A decisão da Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores de deixar o governo Confúcio Moura caso não permanecesse com as mesmas pastas que administra até agora – Seagri, Emater e Idaron - é acertada, na opinião do deputado federal Padre Ton (PT-RO), destacando que essa posição havia sido acordada entre os integrantes do Diretório Estadual no dia 11 de novembro.

A saída do partido do governo Confúcio Moura (PMDB) foi oficializada ontem (26) numa conversa entre a presidente da legenda, prefeita eleita de Jaru, Sonia Cordeiro, e o governador, que em telefonema à Sônia disse que pretende favorecer deputados estaduais com os cargos.

“No PT nós decidimos de forma coletiva. E no dia 11 de novembro, após discussão, acordamos que permaneceríamos no governo se continuássemos na gestão daquelas áreas. E o que se passou é que o governo, depois de uma crise com a Assembleia, desenha um caminho perigoso que é dividir o governo dele, lotear individualmente seu governo, nas relações que procura agora manter com o parlamento estadual”, afirma Padre Ton, enfatizando que, em sua opinião individual, o PT já deveria ter deixado o governo há mais tempo.

O deputado conta que muitos no partido foram surpreendidos, por exemplo, com a nomeação da secretária de Estado de Esportes por indicação da deputada estadual Epifânia Barbosa. “Ela negou ter feito essa indicação”, diz, mas o fato demonstra o curso de uma conversa individual, uma ação política que “não pode ser admitida no PT”.

“Penso também que o governo estadual já chegou à metade da gestão e infelizmente não disse até agora a que veio. Acho que existem promessas, ações que caminham devagar”, diz o deputado, considerando ainda que seu partido vive “momento crucial” devido às denúncias que se abateram sobre a gestão de Roberto Sobrinho na capital.

“Temos de refletir sobre 2014, sobre o futuro do PT, e em vez de nos preocuparmos com cargos temos de nos preocupar com a salvação do partido”, disse Padre Ton. “O governador fez as escolhas dele, tirando os cargos que ocupávamos da nossa cota de participação no governo, e nós estamos fazendo as nossas”, diz.