O descaso com que os conselheiros delegados que não comungam da forma arbitrária e autoritária são tratados pelo atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), chegou ao limite da mentira e da falta de responsabilidade em apurar informações quando solicitadas. Um dos exemplos é a solicitação feita no dia 12 de novembro pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Rondônia (Sinduscon) da cópia de todos os convênios firmados entre a Fiero e Suframa.

Em resposta, com carta datada de 23 de novembro, o presidente Denis Baú informou estar impossibilitado de atender o pedido do sindicato, vez que a Fiero “não tinha nenhum convênio com as características solicitadas”. No entanto, de posse de cópia do Diário Oficial da União (DOU) de número 107, datado de 06 de junho de 2011, o presidente do Sinduscon, Chagas Neto, desmentiu o Denis Baú durante a assembleia realizada na última quarta-feira em Pimenta Bueno.

A cópia do DOU comprova a existência do convênio 151/2007, que foi aditivado por mais 180 dias (de 15/06/2011 a 14/12/2011) conforme consta no referido Diário. O convênio com a Suframa na Ordem de R$ 556.710,00 foi feito para realizar o estudo “Expansão de Pequenos Negócios a Partir do Levantamento de Potencialidades Turísticas da Zona da Mata”.

“Existe uma suspeita de irregularidades nesse convênio. Queremos a cópia do processo para sanar essas dúvidas. Infelizmente se não tivéssemos provas de existência do convênio, que foi aditivado na gestão do atual presidente, teríamos que nos contentar com a resposta mentirosa. Como o atual presidente pôde dizer que não sabia do convênio aditivado no ano passado e assinado pelo senhor Gilberto Baptista, superintendente da Fiero?”, questiona Chagas Neto.

Em função dessa postura do atual presidente “que está sendo chamado por alguns conselheiros de Pinóquio de Rondônia ao dizer que não existe convênio, depois reconhecer que existe convênio; de dizer que vai entregar documentos, porém não entrega documentos, vários sindicatos vão impetrar  ações cautelares na Justiça solicitando a imediata entrega de todo o processo do convênio com a Suframa e outros documentos já solicitados, porém se a devida entrega”, informa Cristiano Pinheiro. As ações serão impetradas pelas bancas dos advogados “Pinheiro e Pinheiro” e “Orestes Muniz”.