Deputado de RO diz que “Eduardo Cunha é a personificação do diabo na terra”

Neto disse que a reforma política ficará aquém do esperado.

Publicada em 03 de August de 2015 às 10:32:00

O deputado federal Expedito Netto (SDD), em visita a Vilhena na semana passada, falou sobre a reforma política e a crise brasileira, comentando ainda o “rompimento” do deputado Eduardo Cunha (PMDB) com o Governo Dilma.

Durante reunião na Câmara Municipal de Vilhena que juntou partidários e representantes de classes, o jovem parlamentar de 26 anos disse que não acredita que a reforma política traga mudanças significantes. Para ele, o que deve mudar de fato são as regras para as eleições, como redução do período eleitoral de 90 para 45 dias.

Outro assunto em voga e que foi abordado pelo parlamentar foi a crise entre o PMDB e Governo Dilma, aguçada pela Operação Lava Jato e que culminou como anúncio de “rompimento” do partido com o Palácio do Planalto, feito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, após ser citado como beneficiário de uma propina de 5 milhões de dólares. “Eduardo Cunha é a personificação do diabo na terra”, disse Neto e continuou: “Que rompimento é este que você continua fazendo parte do Governo? É como se divorciar e continuar na casa da ex, dormindo na cama na mesma cama”, ponderou.
Para o deputado, uma ruptura de fato exigiria que o PMDB de Cunha abrisse mão de todos os ministérios e cargos que tem no Governo. “Só acredito em uma ruptura entre o PMDB e o Governo Dilma quando eles chagarem e disserem: ‘Aqui estão seus cargos e eu quero agora te pegar!”. Aí vamos saber que eles romperam, que eles têm palavra e compromisso com o nosso país, mas infelizmente é tudo balela, é tudo teatro, é tudo para se livrar da Lava Jato, porque lá na Câmara Federal tá todo mundo sujo. Tá todo mundo envolvido”, apontou.

Netto não aliviou nem os colegas rondonienses. “As lideranças de Rondônia também. A gente sabe que tem senador do Estado, e todo dia a mídia mostra isso: congressista envolvido até o talo em roubo e com o esquema da Petrobrás”, disse.

Fonte: Folha do Sul
Autor: Rogério Perucci