Deputado quer saber como e onde foram gastos

Recursos de quase R$ 1 bi são oriundos de empréstimos junto ao Bndes e Banco do Brasil.

Publicada em 01 de July de 2015 às 13:05:00

O deputado Jean Oliveira (PSDB), ao discursar nesta terça-feira (30), durante sessão plenária da Assembleia Legislativa, anunciou a apresentação de requerimento ao Poder Executivo solicitando cópias dos contratos de empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) e Banco do Brasil.

Os recursos são para alavancar o Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinvest) no valor de R$ 438 milhões, assim como empréstimos para o Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica (Pidise), no valor de R$ 450 milhões.

A proposta quer detalhamento dos processos administrativos líquidos, pagos e não pagos, os investimentos de origens dos financiamentos, as cópias dos projetos básicos executivos, obras ou aquisições ainda não realizadas, os saldos disponíveis liberados em bancos e saldos ainda não liberados pelas instituições financeiras, bem como os saldos devedores a fornecedores de obras e serviços já realizados e entregues.

De acordo com o parlamentar, o Estado sofre uma sangria com o pagamento desses empréstimos. “Pelo volume financeiro e por diversos questionamentos em relação a aplicação dos recursos, temos o direito de conhecer a forma de investimento de cada centavo”, destacou.

Jean relatou, ainda, que a deputada Glaucione Rodrigues (PSDC) já fez o mesmo pedido, porém até hoje não foi atendida. Afirmou que, caso não tenha resposta do detalhamento de gastos, proporá solicitar os dados através de comissão e ainda convocar os responsáveis para prestar esclarecimentos.

O deputado concluiu afirmando que também existem denúncias diárias em seu gabinete, sobre a qualidade do asfalto em vários municípios. Em alguns trechos, os serviços feitos há menos de um ano já estão sem condições de tráfego. “Não podemos admitir situações como essas. Temos que buscar o responsável, mas antes precisamos saber como foram gastos esses recursos” , acrescentou.