Em Linhas Gerais: Base de apoio a candidato do PMDB não terá grande impacto no eleitorado, que vota mais pensando na pessoa do que na agremiação

Gessi Taborda

Publicada em 28 de July de 2016 às 13:09:00

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FILOSOFANDO

Para a arte de viver, é preciso saber a arte de ouvir, sorrir e ter paciência... sempre”. Hermann Hesse (1877/1962), escritor alemão.

SEM PROJETO

Bem, até o momento nenhum dos pretendentes ao cargo de prefeito da capital rondoniense (a mais esculhambada do Brasil) demonstrou possuir algum projeto para realizar uma administração voltada de fato às necessidades de sua população, com ações de resgate dos fracassos acumulados ao longo das últimas gestões, em todas as áreas, responsáveis pela pelo baixo índice da qualidade de vida de seus moradores.

NEM SÍNDICO

Entrementes, permanece a certeza de grande parte dos cidadãos portovelhenses de que o atual prefeito, que se elegeu pelas promessas não cumpridas na eleição anterior, acabou demonstrando durante todo o primeiro mandato não ter condições de ser nem mesmo um bom síndico de prédio.

E mesmo assim, depois de não cumprir nem um terço das promessas da campanha passada e fazer tantas bobagens como chefe do Executivo está, no maior caradurismo que se pode imaginar, correndo feito louco atrás de um novo mandato.

ESTUPIDEZ

Seria necessário um espaço muito maior do que uma simples coluna de jornal para enumerar a longa lista de bobagens e estupidez praticadas pela atual gestão de Porto Velho, algumas muito parecidas com crimes de responsabilidade que, esperamos, estejam sendo objeto de análise criteriosa das autoridades responsáveis pela defesa do erário.

HILÁRIAS

Registremos assim as mais hilárias. Já no princípio veio a invenção da decoração natalina com pneus velhos, motivo de piada em todos os cantos da cidade. Outra grande bobagem que acabou não vingando embora certamente tenha contribuído bastante na produção da indústria da multa montada pela Semtran: a proibição de estacionamento na avenida Calama, com a desculpa da implantação de um corredor de ônibus. A própria gestão de Mauro acabou reconhecendo sua incompetência, terminando com a maluquice agora, bem no período eleitoral.

MESQUINHARIAS

Aliás, exatamente no segmento do transporte e da locomoção urbana se produziram as ações mais tacanhas, medíocres e mesquinhas dessa gestão de Mauro Nazif.

Só mesmo um político crescido na pantomima do pequeno socialismo festivo poderia implantar um modelo de sinalização de alto custo (e desnecessário), como essa coisa monstruosa (uma caricatura de algum portal urbano) espalhada nos cruzamentos mais visíveis da cidade. É um modelo que não existe em nenhuma outra capital com urbanismo moderno no país.

EMERGENCIAL

E como não relembrar agora, quando a campanha eleitoral começa a tomar corpo, o pesadelo da “solução emergencial” do transporte urbano, substituindo aquilo que era ruim por uma essa droga batizada de “Sim”, ainda investigada no âmbito do Tribunal de Contas, com a possibilidade de um desfecho dramático no âmbito judiciário.

E como não lembrar o estrago que esse prefeito mequetrefe fez na pobre arborização da cidade, que com ele ficou mais pobre.

POR UM TRIZ

Se não fosse a imediata articulação do senador (condenado) Ivo Cassol para apagar o princípio de incêndio capaz de romper o a anunciada aliança do PP ao candidato do PTB, Leo Moraes, a situação de desconforto do herdeiro dos esquemas políticos de Paulo Moraes seria enorme nessa quinta feira, quando teria de enfrentar a desistência do vice.

PULANDO FORA

Segundo fontes bem informadas quase foi abaixo ontem o acordo que, por enquanto, garante a presença do médico Amado Rahall (ex-diretor geral do HB) formando, como vice, a chapa petebista que deverá homologar o nome de jovem deputado Leo como candidato à sucessão do prefeito de Porto Velho.

CASSOL

Uma ordem de Ivo Cassol aos seus liderados no PP apagou o princípio de incêndio e assim Leo Moraes não precisará sair avexado para conseguir, na última hora, um novo companheiro de chapa. O episódio serve para reforçar a influência de Ivo Cassol na formação da chapa petebista, fato tratado até agora como simples especulação.

AGRUPAMENTO

Um dos principais motivos de otimismo da cúpula do PMDB com o desempenho de seu candidato à sucessão municipal de Porto Velho, conforme comentou ontem uma fonte, lastreia-se principalmente no tamanho da base aliada para esta campanha, como quase uma dezena de siglas partidárias.

Pelo que se ouve, dificilmente algum outro partido terá em torno de seu candidato um agrupamento político maior. Mas para quem analisa os fatos sem paixão, isso não significa praticamente nada. O eleitor portovelhense vota mais no candidato do que no agrupamento político. Para vencer Williames Pimentel terá de provar para o eleitorado que é o melhor candidato, com propostas factíveis. Só transmitirá confiança no eleitorado se conseguir passar para a população a imagem de que é um sujeito confiável.

CAMISA DE FORÇA

A informe de que sairá do PDT o vice de Mauro Nazif põe ponto final nas especulações de uma candidatura própria com as bênçãos dos Gurgacz. E certamente vai colocar o deputado José Hermínio, reconhecido inimigo político de Mauro, numa autêntica camisa de força. Na verdade, essa decisão do PDT sinaliza uma forte tendência de Hermínio deixar a sigla e entrar num processo de aposentadoria precoce na sua vida política.

NEM PARECE

Odacir Soares será mesmo candidato na disputa de outubro? Parece que só o próprio Odacir e seus amigos mais chegados acreditam nisso.

Por mais que Odacir tenha marcado no passado seu nome nas disputas políticas de Rondônia, neste pleito ele não aparece entre as alternativas do eleitorado.

Sua pretensão política está tão camuflada que pode se dizer que nem com sua enorme rede de rádio seu pré-lançamento pegou.

IMAGEM

O pouco que se tem falado de Odacir nada tem a ver com aquela imagem de ícone da política rondoniense. Odacir já foi, em tempos idos, prefeito de Porto Velho mas isso vai ajuda-lo. Dele não ficou a imagem de um realizador, de um tocador de obras como ele sustenta em suas reminiscências.Entre os candidatos, certamente Odacir foi o que mais disputou mandatos, numa carreira de muitas vitórias e algumas derrotas.

DEPRESSÃO

Se ficar fora do segundo turno, Odacir corre o risco de entrar num processo depressivo ao ter de se recolher ao esquecimento.