Em Linhas Gerais: Falta de policiais na base da transformação da capital rondoniense numa cidade sem lei

Gessi Taborda

Publicada em 18 de May de 2016 às 09:44:00

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FILOSOFANDO

“Esse ano tem eleições. Os candidatos farão todas as piadas para a gente”. Bussunda (1962/2006), nome artístico de Cláudio Besserman Viana, jornalista, escritor, comentarista de futebol, dublador e humorista, que se consagrou como membro do grupo Casseta&Planeta.

TERRA SEM LEI

Dados importantes do segmento da segurança pública do estado de Rondônia acabam de ser revelados pelo deputado Jesuíno Boabaid (PMN), presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Rondônia. São dados que por si só explicam alguns dos motivos para a transformação da capital rondoniense numa cidade sem lei, cada vez mais distante do seu bucolismo de três décadas.

As revelações do parlamentar apontam para a falta gritante de policiais civis em todo o estado. Com um efetivo atual da ordem de apenas mil agentes, segundo a afirmação do parlamentar, dá para entender porque as comunidades rondonienses no geral, com destaque para a capital, Porto Velho, deixaram de ser tranquilas.

DESGOVERNO

Esse apenas mais um segmento completamente destroçado pela falta de gestão pública no governo de Confúcio Moura. É cada mais fácil aferir a sensação de insegurança (e também de impunidade) dos moradores do estado. Eles evitam sair de casa, frequentar espaços públicos principalmente à noite, assustados não só com os crescentes assaltos e roubos, mas até com homicídios e execuções registrados até em pequenas comunidades interioranas. E isso sem falar em crimes especializados, como assaltos a bancos (caixas eletrônicos), ações impensadas antigamente.

DESESTRUTURADO

Pelas afirmações do deputado Boabaid dá para avaliar como o segmento da Segurança Pública rondoniense está desestruturado. No reduzido efetivo de mil policiais no quadro ativo da Polícia Civil, há um número grande (mas não quantificado pelo parlamentar) em desvio de função, cedidos para outros órgãos públicos. E para complicar ainda mais, “há centenas de policiais em casa, recebendo abono permanência, esperando aposentadoria”.

Some-se a esse quadro desanimador mais o número de servidores afastados por doença, licença prêmio, férias e motivos pessoais ampliando muito o quadro insuficiente para a prestação de um serviço de segurança confiável ao povo.

CHOQUE DE ORDEM

O cenário real da Segurança Pública rondoniense é aquele das delegacias de polícia fechadas por falta de pessoal, do número absurdo de inquéritos (mais de 3 mil, segundo Boabaid) parados. Então não há nem mesmo o que se pensar na implantação de modelos de combate ao crime do tipo “tolerância zero” ou “choque de ordem”.

Nesse cenário não dá para acreditar que a Polícia cumpra o seu papel de guardiã e protetora da sociedade que paga seus impostos.

Sem uma política de segurança efetiva, o governo tem se utilizado, disse o deputado Jesuíno, de meios para impossibilitar o aumento do efetivo da Polícia Civil e deverá reduzir minimamente a contratação de aprovados no concurso público realizado em 2014, “que não passará de 121 novos policiais”, todos destinados ao interior rondoniense, acrescentou Boabaid.

SONHO

Na esperança de ver um sonho transformado em realidade, Marcelo Thomé, presidente da Fiero, vai lançar no próximo dia 23, às 9 horas, num evento marcado para o Teatro Guaporé, o Movimento Rondônia pela Educação. Ele acredita que com a participação de representantes dos setores econômicos, dos sindicatos patronais e de trabalhadores, dos setores educacionais, da sociedade civil e do Poder Público, o estado rondoniense entrará numa rota de inovação e de desenvolvimento social e econômico.

SINAIS DOS TEMPOS

Como, em se tratando da prefeitura, tudo permanece como dantes no quartel de Abrantes, a Coordenadoria de Comunicação da gestão de Mauro Nazif continua espalhando seus factoides fabricados sobre qualquer coisa. E assim, meras rotinas administrativas viram notícias bombásticas como esse de agora, para dizer que a Semusb está fazendo limpeza e tirando entulhos na zona leste da capital. E, pasmem, o prefeito mequetrefe sequer fica corado “com tão grande feito”. Ora, vá te catar Comdecom...

SÓ NO BRASIL

Verdadeiramente o Brasil é mesmo um país macunaímico. Afinal, em qual outro país haveria de ser dado salário, estrutura e até transporte aéreo para um dirigente máximo da República (afastado) fazer uma campanha metódica dentro e fora das fronteiras nacionais contra o próprio país? E não é exatamente isso que está acontecendo aqui, no caso da presidenta afastada para o impeachment?

STF DESQUALIFICADO

Quando o PT et caterva afirmaram que não reconheceriam o governo provisório de Temer mesmo sabendo da sua condição de provisório e da legalidade dos atos, simplesmente desqualificam as instituições do país, especialmente as decisões do STF, que é o guardião da Constituição Federal. O que eles querem? Insurreição civil?

O reflexo é esse que a gente vê no noticiário da grande mídia: os governos bolivarianos entraram na onda do não reconhecimento do governo Temer, mesmo sabedores dos fatos e da tramitação definida pelo STF. E agravaram pedindo o retorno de seus embaixadores. A pronta reação do Itamaraty expôs internacionalmente a tentativa de desequilibrar a democracia brasileira.

DESPETEZANDO

O desaparelhamento dos órgãos federais rondonienses deve começar o mais tardar, no princípio de junho. A petezada que se apossou desses cargos vão ter de procurar outras alternativas para manter o padrão de vida até então garantido por altos salários e muitas outras sinecuras que engordavam os contracheques. O primeiro órgão a sofrer a faxina, de acordo com fonte, será o Sivam onde um tycon petista conseguiu fazer um excelente pé de meia.

NÃO DÁ

É inegável a importância do PSDB no cenário político nacional. O mesmo não ocorre em relação a Porto Velho, onde o partido de FHC e Aécio tem uma direção pífia, com um presidente que pode conhecer bem a função de chapeiro (afinal o sujeito é chamado de Sandubas), mas não tem preparo para entender as filigranas da direção partidária, sobretudo em ano eleitoral. Fazer sanduiche é mais fácil que dirigir partido politico.

BRIGA BESTA

Um briga perfeitamente idiota iniciada pelo tucano de bico curto está dando o que falar na mídia. Ora, o sujeito ainda não aprendeu que em política o objetivo é somar sempre, e só entrando numa briga quando há alguma grande coisa em jogo e chances reais de vencer. Desse jeito, o partido tucano corre o risco de entrar num processo de decadência e inviabilização.