Em Linhas Gerais - Gessi Taborda

Operação tapa-buracos da Prefeitura funciona como método de enxugar gelo: depois de uma chuvinha, os buracos voltam.

Publicada em 15 de May de 2015 às 11:19:00

Gessi Taborda – [email protected]


SÓ PARA PAGAR TRIBUTOS

Em 2015, os brasileiros trabalharão 151 dias apenas para pagar tributos federais, estaduais e municipais. Isso significa que os valores recebidos pelos contribuintes até 31 de maio serão destinados a impostos, taxas e contribuições. Há 20 anos, esse número correspondia a 106 dias, segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

É UM ENTRAVE

Até o dia 13 de maio, o Brasil arrecadou 691 bilhões em tributos, de acordo com a ferramenta online Impostômetro. Na avaliação da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), a carga tributária representa um entrave para o desenvolvimento das empresas, principalmente as micros e pequenas.


VERGONHA

Esse é um motivo de vergonha para todos os brasileiros. O Brasil ficou na 60.ª posição no ranking mundial de educação, divulgado nesta quarta-feira, 13, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Foram avaliados 76 países - um terço das nações do mundo - por meio do desempenho de alunos de 15 anos em testes de Ciências e Matemática.

ESTÁGIO

Encerram-se hoje as inscrições para estágio em Direito na unidade do Ministério Público Federal (MPF) em Ji-Paraná (RO). O estágio é de 20 horas semanais, com bolsa de 800 reais e auxílio-transporte no valor de R$ 7,00 por dia estagiado. Para se inscrever, os candidatos devem acessar o site www.prro.mpf.mp.br.

DENGUE

Ao anunciar que nos primeiros quatro meses desse ano foram confirmados “apenas” 86 casos de dengue na capital, os responsáveis pela Saúde no município consideraram estável a situação da dengue que, segundo a mesma fonte, apresenta um quadro de contaminação em queda desde 2013.

ENXUGANDO GELO

Como se fosse uma grande ação de governo, a prefeitura anuncia que a inócua Operação Tapa-Buracos finalmente vai chegar aos Bairros Flodoaldo Pontes Pinto e Quatro de Janeiro. O anúncio não significa muita coisa. Afinal, o sistema funciona mais ou menos como o método de enxugar gelo. A prefeitura tapa alguns buracos e – como acontecem normalmente nessa capital – após uma chuvinha qualquer os buracos ressurgem em grande velocidade. É um serviço paliativo que só serve para torrar dinheiro público.

PREFEITOS

Prefeitos de todo o Brasil estão articulando um ato em todo o país contra a intenção da Câmara dos Deputados de colocar no texto da reforma política, a pretexto de coincidir mandatos em todos os níveis, mandatos de dois anos para prefeitos e vereadores que serão eleitos em 2016. Eles querem a coincidência, mas com a prorrogação dos atuais mandatos, ideia já descartada pelo presidente do TSE, Dias Toffoli.


UM DESASTRE

Essa ideia, se passar, será um desastre para o pleito de 2016. A disputa nos municípios é pesada e cara. Com mandato de dois anos, prefeitos não querem disputar a reeleição e os opositores estão pensando duas vezes.

MUITA CASCATA

É difícil saber qual a motivação que leva um político como o senador Valdir Raupp a costumeiramente fazer anúncios mirabolantes, como se fosse incapaz de aceitar a triste realidade de que de que Rondônia está, lamentavelmente, mergulhada numa crise.
Agora o barbudo senador de Rolim de Moura anuncia como favas contadas a Ferrovia Transoceânica, que passando por Rondônia chegaria ao oceano Pacífico, no Peru. Antes o senador contentava-se com a mirífica Ferronorte que chegaria pelo menos a Vilhena.

GOVERNO PATO MANCO

Se o senador acostumado aos grandes anúncios de conquistas de sonhos megalomaníacos observasse bem a realidade rondoniense, veria que o Executivo, no Brasil está de ponta-cabeça, com uma presidente reclusa que nada mais conseguirá fazer em termos de investimentos, enquanto no estado, há um governo do PMDB no mais perfeito estilo zumbi (fruto da cassação de seu mandato), verdadeiro pato manco sem a menor condição de atrair investimentos de grande monta para Rondônia.

PÂNICO JUSTIFICADO

A clara disposição do Ministério Público rondoniense – em conjunto com a polícia judiciária ligada ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – de ampliar as ações no seio do governo estadual e, também, em outros níveis da administração pública (como ocorreu em Cacoal) onde há evidentes indícios de roubalheira, justifica o pânico total de servidores bem postados no andar de cima da gestão.
Essa “Operação Manon”, segundo a coluna ouviu de fontes bem informadas, é o grande indício de que o pau vai quebrar nessa imensa casa da mãe Joana em que se transformou a governança rondoniense.

PUBLICIDADE MENTIROSA

Um segmento sob criteriosa avaliação é o gasto com publicidade dispensável, a um custo superdimensionado que, claro, está sendo pago pelo cidadão-contribuinte-eleitor. Nem o melhor marqueteiro alimentado com as polpudas verbas públicas pode imaginar o que virá por ai. Em nível da cidade banhada pelo Madeira teremos uma situação impensada no princípio desse ano. E tudo aquilo que eles pensam que está debaixo do pano levará muita gente a desabar mais adiante. Quem se acostumou a engabelar os portovelhenses, mentindo descaradamente pode começar a tremer. Não ficará pedra sobre pedra.

ALÍVIO

Os governos vislumbram a expectativa de uma boa dose de alívio em 2016. No bojo da regulamentação da lei que altera as dívidas de estados e municípios com a União, uma emenda do senador paulista José Serra (PSDB), já aprovada, permite o uso de até 70% de depósitos judiciais. O montante, estimado em R$ 21,1 bilhões, estão hoje em mãos da Caixa e do Banco do Brasil, daí a resistência do ministro Joaquim Levy (Fazenda).