Em Linhas Gerais: Mesmo com vigilância da Justiça Eleitoral, campanha eleitoral promete ser das mais sujas dos últimos anos

Gessi Taborda

Publicada em 09 de July de 2014 às 09:22:00

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DE FÉRIASProvavelmente quando você estiver lendo essa coluna, o autor estará a meio caminho de chegar a São Paulo. E de lá, dando prosseguimento às minhas férias estarei embarcando ao velho mundo. Primeiro Paris, depois na terra de origem da família, em Portugal. Estaremos – se for da vontade do Poderoso – de volta no final do mês. Assim, Em Linhas Gerais estará de volta em 5 de agosto, já na efervescência da campanha eleitoral. E esperamos reiniciar com as baterias plenamente recarregadas para cumprir bem nossa obrigação profissional.
 
CAMPANHA SUJAQuem se ocupa de analisar as coisas da política alertam para a “campanha mais suja” que promete ser a desse ano, mesmo com a vigilância mais severa da Justiça Eleitoral, com a utilização das tecnologias da internet para coibir abusos, receber denúncias etc.

E será na própria internet, nas chamadas redes sociais, onde deverão ocorrer a difusão de material criminoso contra a campanha dos principais candidatos.

Uma das pessoas que mais sofre, esse tipo de ataque é o presidente da Assembleia Legislativa, José Hermínio que vai disputar a reeleição.

Presumivelmente José Hermínio “vai pagar caro” por ter sempre adotado a postura de ser, como parlamentar, crítico do atual governo, que também disputa a reeleição. As baixarias contra Hermínio tendem a aumentar, muitas vezes publicadas por pessoas “esclarecidas”, acostumadas a usar da má-fé quando têm interesses contrariados.
 
OUTROS ALVOSAlém do próprio governador, também estarão na alça de mira homens como Ivo Cassol, sua mulher (confirmada como candidata ao Senado), sua irmã que disputa o governo, e vai por ai afora.

Ora, pelo que sei Ivo e os outros personagens citados são pessoas de bem. Claro que como pessoas públicas não estão imunes à crítica. Mas são bons chefes de família, dedicados ao que fazem e não deveriam ser vítimas de covardes com ataques sem nenhuma consistência ou prova.

Há algo mais infame do que espalhar, por exemplo, que Ivo Cassol se envolveu com o desvio de diamantes da Reserva Roosevelth? Ora, não há nada comprovando isso, embora o assunto tenha sido investigado por especialistas da PF e de outros órgãos. Há muitas críticas e acusações feitas de forma irresponsável e isso, nesse período, tende a aumentar.

É como a exploração do nome da (agora) candidata Jaqueline numa morte ainda envolta em mistérios e sem nenhum indício contra a irmã do (ainda) senador Ivo Cassol. É preciso ir devagar com o andor nessa campanha, até porque os candidatos terão facilidade para obter, com rapidez, o Direito de Resposta. E a Justiça promete ser dura com aqueles que espalham mentiras em afirmações que não terão como sustentar quando o caso for parar no tribunal.
 
SEMPRE ASSIMA queda do viaduto (e lá era viaduto mesmo e não, como em Porto Velho, meros elevados) em Belo Horizonte (MG), com afirmações da prática de superfaturamento, leva-nos a relembrar que aqui, em Porto Velho, até hoje não aconteceu uma solução para a tal “manada de elefantes brancos” herdadas da famigerada gestão de Bob Ali-Babá que acabou – mesmo diante de seu caradurismo – ganhando uma reeleição.

Aqui também as obras mequetrefes colocou em risco a vida de rondonienses, especialmente com a queda de passarelas mal feitas. Até hoje – quando o mandato do atual prefeito está próximo do segundo ano – ninguém conhece detalhes se as investigações avançaram alguma coisa em relação a superfaturamentos. Até agora ninguém foi punido pela criação e manutenção da enorme manada de elefantes brancos existentes nessa Capital. Tomara que esses paquidérmicos sirvam para provocar reflexão nos nossos eleitores antes do exercício do voto. O povo não merece ter governantes capazes de promover um desastre tão grande como os “elevados” que, claro, nunca foram viadutos.
 
DESTAQUE PARAGUAIO

O Paraguai está definitivamente credenciado como a melhor opção entre os países vizinhos para aqueles que desejam estudar Medicina fora do Brasil. Em relação a Argentina, tem a vantagem de ter Grade Curricular muito mais compatível com as universidades brasileiras, preços e custos mais baixos e é muito mais acolhedor. Quanto a Bolívia, além de não acontecerem no Paraguai os abusos dos órgãos policiais, discriminação, o mais importante, não tem Província nem Exame de Grado.

Dentro desse cenário, Pedro Juan Caballero tem atraído cada vez mais pessoas em busca de qualificação profissional nas mais diferentes áreas e muito especialmente no Curso de Medicina.

A boa qualidade de ensino das universidades locais e a Grade Curricular, geralmente voltada às exigências da demanda brasileira. Outro fator muito importante é a fronteira seca com Ponta Porã-MS, possibilitando ao aluno brasileiro viver no Brasil e estudar no Paraguai, caso assim deseje, com muita facilidade e comodidade. Além disso, recentemente vários estudantes formados no Paraguai têm conseguido vitórias importantes no acesso ao Programa Mais Médicos e revalida, o que tem incentivado ainda mais pessoas a apostarem nesse caminho.
 
ENXUGANDO GELONão adianta esperar melhorias no trânsito de Porto Velho, pelo menos enquanto durar a gestão de Mauro Nazif, incapaz de tomar iniciativas para fazer o trânsito mais fluente, mas seguro e com condutores mais responsáveis em cumprir as leis do trânsito.

Numa cidade em que as pessoas não respeitam nem mesmo as placas de estacionamento proibido em avenidas como a Calama, de nada adianta essa conversa de blitz educativa. Isso, repito, é como enxugar gelo. A anunciada blitz educativa de hoje, na avenida Jatuarana é pura perda de tempo e de recursos. Se a prefeitura não começar a coibir motoqueiros de fazer sanduiche de gente (com criança de colo entre o motoqueiro e o carona) com a prisão da moto ou não guinchar quem insiste em estacionar em locais com sinalização ostensiva, não cai contribuir para mudar nada.
 
TÁTICAO PMDB rondoniense pretende aproveitar melhor o tempo de propaganda no rádio e na televisão para contornar os níveis de rejeição do governador Confúcio Moura. Pelo menos foi o que disse ontem à coluna uma fonte próxima do partido de Valdir Raupp. A maior reprovação do chefe do governo está em Porto Velho. O corpo a corpo e o maior contato com os eleitores também serão mais intensos, além do uso das mídias sociais, disse a mesma fonte.
 
INACABADASeguindo o exemplo vindo da própria presidência da República, promovendo a inauguração de obras inacabadas em vários pontos do Brasil, a prática está disseminada em Rondônia também. É o caso, por exemplo, do Teatro Estadual. Depois de quase 20 anos, a obra foi “inaugurada” recentemente pelo governo (que é candidato à reeleição) como se estivesse terminada. Mas, verdade seja dita, apenas “um anexo” ficou pronto e serviu de apresentação de uma peça importante com uma atriz consagrada nos palcos e na TV.

O restante da obra está lá, cercada de tapume, na esperança de que venha a ser concluída antes do final desse ano.
 
NESSE TOMQuem entrou na batalha na batalha é melhor não se esquecer: O sol nasce para todos e a sombra para quem sabe das coisas.