Em Linhas Gerais: Na falta de oposição consistente, Nazif nada de braçada

Gessi Taborda 

Publicada em 09 de March de 2016 às 13:10:00

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FILOSOFANDO

“Partido: agrupamento para a defesa abstrata de princípios e elevação positiva de alguns cidadãos”. Carlos Drummond de Andrade (1902/1987), poeta brasileiro.

PROSSEGUINDO NA FARRA

É de se lamentar a incapacidade de fazer política da Oposição rondoniense, especialmente em Porto Velho, onde o prefeito Mauro Nazif acaba nadando de braçada, mesmo não conseguindo esconder que a farra com o dinheiro público em sua gestão é prática contumaz.

A Oposição, em pleno ano eleitoral, continua cega, sem coragem de assumir seu papel de denúncia e cobrança de uma ação mais severa e responsável das tais instituições do controle externo contra tantos desmandos da prefeitura. Nesse cenário de imobilismo oposicionista, Mauro imagina ter respaldo para conseguir um novo mandato popular, sem temer as consequências da desorganização em que se debate a cidade.

PREFEITO MEDÍOCRE

O cenário de Porto Velho é o de terra arrasada que fica pior com as últimas chuvas, especialmente pelo fato de suas ruas se confunde com solo lunar, tomadas pela buraqueira, pois o asfalto vagabundo (batizado de casca de ovo) não resiste o período chuvoso amazônico.

Fazer oposição a um prefeito medíocre como Mauro Nazif não é difícil. Como as ações de sua gestão (??) são quase sempre degeneradas e não melhoram em nada a vida dos moradores de Porto Velho, a oposição tem a seu dispor uma quantidade muito grande de munição. Mas, essa (rá,rá,rá,rá!) oposição é tão acomodada que se confunde com os demais políticos posicionados do lado que a vaca deita, procurando uma teta onde sugar algum tipo de benesse.

DOLOROSO

Para o cidadão-contribuinte-eleitor é doloroso deparar-se todos os dias com a evidência de que os cofres públicos da cidade são constantemente vilipendiados. As evidências estão no disparate da sinalização semafórica com duplicidade de equipamentos, como se vê (só para exemplificar) nas esquinas da rua Rafael Vaz e Silva com Calama e Abunã.

Incapaz até mesmo de escolher alguém com capacidade reconhecida para tratar das coisas do trânsito na Semtran, o lamentável prefeito não conhece nenhuma alternativa para solucionar o caos desse segmento que não seja inundar a cidade dessa sinalização, torrando dinheiro público sem qualquer planejamento ou justificativa técnica.

RISCO REAL

O povo está farto dessa gestão caricata e sem simancol. Todavia há o risco (mesmo considerado remoto por alguns) de seu continuísmo, diante de uma oposição inerte, acovardada, incapaz de dar consistência a um projeto mostrando a necessidade de Porto Velho se livrar dessa gestão incompetente, preguiçosa, deletéria e perdulária, que trata o poder público da cidade como propriedade da família e dos apaniguados do prefeito.

INGREDIENTES

Até agora nenhum dos nomes ventilados como prováveis candidatos de oposição, onde se destacam o da deputada federal Mariana Carvalho, o do deputado Léo Moraes, o do empresário Edgar (do Boi) Tonial e o do ex-senador Odacir Soares, tiveram a coragem de mostrar ao povo portovelhense os piores ingredientes dessa gestão dos desatinos, da manipulação e das maracutaias.

MISTUREBA

A começar pela trágica novela do transporte urbano, de onde o prefeito tirou da cartola essa coisa identificada como “SIM”, passando pelas manipulações como a de ontem, tentando afirmar que Porto Velho e uma cidade turística para justificar uma coordenadora que certamente custa uma grana violenta ao contribuinte e não passa de cabide de emprego.

Se a Oposição atuasse como tal, o portovelhense saberia que a mentira (cadê as 40 creches?), a falsidade (carnaval em março?), a incompetência (ou nossas praças são motivos de orgulho para alguém?), a corrupção (como superfaturamentos em compras do tipo tubos de pvc, manjadas dispensas de licitação, etc, etc), a hipocrisia, o cinismo, a falácia são ingredientes visíveis desse desgoverno que alguns teimam em chamar de gestão.

CASA GRANDE

A falta de Oposição é uma triste realidade no Brasil de hoje. Diante da caludez e da covardia dessa “oposição de araque” cabe ao povo tomar ainda mais em suas mãos o protagonismo das mudanças.

Se tivéssemos uma oposição de verdade no Brasil, os que mandam no governo já teriam sido desalojados do comando dos cofres do país há muito tempo. O mesmo vale para o cenário de Porto Velho e para o do Estado.

Ao se imaginar prefeito novamente, Mauro Nazif e seus beleguins agridem, no mínimo, a inteligência dos moradores de Porto Velho, já cansados de serem vitimados por prefeitos da pior espécie, como foi o antecessor batizado de “Prefeito Ali Babá” e seus petralhas. Chegará o momento em que o povo não vai aceitar mais ser tratado como ignorante e imbecil e esse momento, pelo visto, será em outubro desse ano.

DOMINGO HISTÓRICO

O grande alvoroço verificado através das convocações nas redes sociais aponta para um enorme sucesso da manifestação do povo programada para o próximo domingo, dia 13, pedindo o impeachment de Dilma Roussef e apoiando o juiz federal Sérgio Moro e a Operação Lava Jato. Esse sucesso deverá contaminar também a população de Porto Velho.

DESMOBILIZADOS

É forçoso reconhecer, com tristeza, que ao contrário do povo, os políticos e dirigentes de entidades representativas rondonienses não demonstram estar mobilizados para essa cruzada. É até provável que nenhum deles, até mesmo aqueles que se apresentam como prováveis candidatos nas eleições desse ano sejam vistos engrossando as manifestações rondonienses.

O que esperam essa corja de vereadores, esses pseudos líderes de partidos, ou os pretensos candidatos para também integrar em massa o coro dos cidadãos pela saída dos petralhas desse governo atolado em todo tipo de corrupção, responsável por enfiar o Brasil nesse abismo de números negativos não só na economia, mas também no social e na política?

SEM ALTIVEZ

Os políticos rondonienses estão longe de acompanhar a trajetória de mudança exigida pela maior parte da população do país. Bem diferente do governador Pedro Taques, de Mato Grosso, o nosso lamentável governo filosófico também preferiu ouvir a lengalenga de Dilma defendendo o lulopetismo sem tugir e nem mugir. O mesmo acontece em relação aos deputados federais, estaduais et caterva.

Até o dia 13 espera-se que pelo menos o candidatos que pretendem tirar Mauro Nazif da prefeitura consigam se organizar e participar do esforço de mobilização popular nessa capital rondoniense.

Afinal, algo está faltando para "acordar" completamente a sociedade e talvez seja uma certa falta de sincronia - ou consenso - sobre as razões pelas quais é necessário ir para as ruas apeando, o mais rápido, do poder quem não tem mais condição de governar.

REFLEXÃO

A coluna deixa de focalizar assuntos menores da política rondoniense para propor aos nomes mais importantes da realidade política rondoniense (especialmente a quem detém nesse momento o mandato popular) um exercício de reflexão. Queremos ver essas pessoas (principalmente os mais jovens) se pronunciando sobre as necessidades dessas manifestações do povo contra a o continuísmo dessa gente que está há 13 anos no Poder e são responsáveis por esta realidade que pune além de empregados, servidores, também os empreendedores.

PODEM APROVEITAR

E em se tratando de Porto Velho, se quiserem podem aproveitar o momento de manifestações para desancar também a administração excessivamente burra e bizarra do PSB de Mauro, incapaz sequer de ler uma cartilha de administração moderna imaginando poder enganar toda uma população por ter colocado para rodar no transporte coletivo da cidade um único (e já ultrapassado) ônibus articulado nessa cidade tão desamada.