Em Linhas Gerais: Pensar em derrubar o favoritismo concedido pelo eleitorado a Hildon Chaves com aleivosias, invencionices e meros truques de madame será uma grande besteira

Agora, com o recomeço oficial da disputa, a maioria da população tem esperanças de que as táticas de baixarias vistas no âmbito da Internet nas diversas redes sociais dê lugar a um debate lastreado em discursos de alto nível...

Publicada em 10 de October de 2016 às 08:06:00

Gessi Taborda – [email protected]

FILOSOFANDO

“Ah, a palavra «moral»! Não existir apenas uma moral, mas muitas. Há uma moral para o tempo de paz e uma moral para a guerra. Em tempo de guerra tudo é permitido, tudo é perdoado. Ou seja, tudo o que de abominável e infame o lado vencedor praticou. Os vencidos, que servem sempre de bode expiatório, «não têm moral».” HENRY MILLER (1891/1980), Escritor americano, autor da trilogia Sexus, Nexus e Plexus.

NOVA ELEIÇÃO

Passado primeiro turno da eleição municipal na capital rondoniense, os dois candidatos escolhidos para a etapa final, Hildon Chaves e Leo Moraes, começam nesse sábado de forma concreta a campanha dessa etapa final, com o retorno dos programas do horário eleitoral gratuito (???) que em Porto Velho, por acordo firmado na Justiça Eleitoral pelos dois candidatos o tempo sofrerá uma grande redução. Cada um terá cinco minutos, ao dia e à noite, incluindo domingos, para expor suas propostas ao eleitorado portovelhense.

ALOPRADOS

Enquanto a campanha cumpriu o intervalo para a propaganda do 2º Turno no rádio e na TV, em se tratando das redes sociais ela não parou. Mas o espaço da Internet foi ocupado principalmente por aloprados de ambos candidatos, transformando o momento eleitoral numa espécie de ringue com boatos, ataques pessoais e acusações sem nexo objetivando desqualificar os personagens dessa contenda, marcada para terminar com a decisão das urnas no próximo dia 30.

DESEJO

Agora, com o recomeço oficial da disputa, a maioria da população tem esperanças de que as táticas de baixarias vistas no âmbito da Internet nas diversas redes sociais dê lugar a um debate lastreado em discursos de alto nível, com Leo Moraes e Hildon Chaves, respectivamente candidatos do PTB e do PSDB, na analise de temas de alta relevância para o a recuperação de Porto Velho nos campos social, político, econômico, da Educação e da Saúde; de como serão equacionados na ótica de cada pretendente ao cargo.

DESENCANTO

Se para nós, meros observadores dos fatos da campanha no primeiro turno, ficou mais do que claro o recado das urnas – de desencanto da população com a política e a classe política – certamente para os dois candidatos que disputam o turno final a percepção não deve ser diferente.

Então, ao contrário de provocações sem sentido, de ataques soezes, imagina-se que tanto Leo Moraes como Hildon Chaves irão aproveitar todo o tempo da campanha para dar respostas adequadas aos anseios da população.

Certamente que esta vontade dos dois políticos pode não por fim a ação de aloprados nas redes sociais (especialmente no Facebook) se ambos os candidatos não fizerem alguma coisa para inibir essas táticas de guerrilha utilizadas com veemência por “militantes” da desmoralizada esquerda rotulada nos últimos tempos como “petralha”.

TEMAS IMPOPULARES

E agora nessa disputa final, que os dois candidatos restantes discutam os assuntos com objetividade até mesmo quando se tratar de temas impopulares, demonstrando para a população que são temas para o presente e também para o futuro dessa capital tão sofrida; exatamente por não ter tido ao longo de sua existência prefeitos que soubessem decidir em favor das mudanças que sempre foram necessárias.

MERITÓRIOS

Os dois candidatos desse segundo turno chegam ao embate final com méritos importantes. Eles merecem o reconhecimento dos moradores de Porto Velho por despachar de vez do comando da nossa tão sofrida capital o nefasto petismo responsável pela frustração do desenvolvimento sustentável do município num momento especial, quando não faltou dinheiro para implementar os projetos estruturantes tão necessários ao livramento dos entraves ainda existentes.

CONTINUÍSMO

E também nos livraram do continuísmo representado por Mauro Nazif, um político totalmente identificado com o sistema retrógrado de se fazer a política populista rechaçado pela população.

Agora, com a nova campanha, terão os dois candidatos todas as oportunidades para demonstrar quem é o melhor nome para por fim à mesmice irritante de Nazif e também ao retorno da mentira demagógica tão utilizada na temporada da gestão do PT.

O MÉTODO

Pensar em derrubar o favoritismo concedido pelo eleitorado a Hildon Chaves com aleivosias, invencionices e meros truques de madame será uma grande besteira. Não por que essa tática acabará gerando uma percepção ruim do eleitorado, mas pelo fato do povo não querer mais ser tratado como idiota, como o bobo a ser enganado na casca do ovo.

O portovelhense fica cada vez mais refratário a esses praticantes da política anacrônica, herdada de títeres do passado.

SEM FANTASIAS

Hildon Chaves fez a grande virada por ter se apresentado diante do eleitorado com um perfil de gente de empresa, de camarada competente e destemido para enfrentar os coringas da falta de ética, que sempre sobreviveram nas urnas por vender promessas fantasiosas, projetos duvidosos e mentiras mascaradas para preservar em grupos apaniguadas acostumados a encher os bolsos com o dinheiro do contribuinte.

REALISMO

Exatamente por ter feito uma campanha com discurso realistas (principalmente nos debates) Hildon mostrou como ninguém, que os últimos prefeitos de Porto Velho comandaram o retumbante fracasso que colocou a qualidade de vida dos moradores da Capital rondoniense nos piores índices, até mesmo em relação às cidades mais importantes da própria Rondônia.

Foi por isso, principalmente por isso, que ele saiu das últimas posições das pesquisas para chegar ao segundo turno na liderança. Se isso lhe tem custado o enfrentamento de uma campanha sórdida realizada por aloprados, por outro lado da a ele as melhores chances de vencer.

CORAGEM

Ele fez seu papel de forma irrepreensível no primeiro turno. Agora, no segundo, terá de manter a coragem aliada à ousadia de incorporar o sentimento da imensa maioria da população que abomina, como não acontecia antes, a demagogia.

Terá de agir sem medo de patrulhas, com a coragem de mostrar, quando necessário, que o rei está nu.

Cabe ao candidato que quiser vencer mostrar-se sério, eficaz, trabalhador, transparente e disposto a vencer a resistência do aparelhamento da própria prefeitura e dos populistas baratos promovidos a aloprados rondonienses.