Em Linhas Gerais: Políticos de barbas de molho: operação policial deve desbaratar esquema de exploração ilegal de madeira

Gessi Taborda

Publicada em 08 de October de 2015 às 12:39:00

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PERGUNTINHA

A presidente Dilma não fica nem vermelha com tanto escândalo de corrupção e indícios de mais irregularidades?

BARBAS DE MOLHO

Fonte da coluna está praticamente certa sobre uma nova operação policial a ser desencadeada em Rondônia nas próximas semanas, para investigar e desarticular esquema de desmatamento e exploração ilegal de madeira. Segundo nossa fonte, “há informes” de que madeireiros envolvidos nessa prática têm apoio de políticos com mandatos e também de servidores públicos em vários níveis.

NO DOSSIÊ

As recentes reclamações de políticos sobre a fiscalização feita no estado do Mato Grosso sobre a madeira de origem rondoniense entrou no dossiê da operação que pode ser desencadeada a qualquer momento.

Quem pratica o desmatamento ilegal ou utiliza esquemas para esquentar a madeira deve ficar com a barba de molho diante da possibilidade real de serem presos. A operação esperada para Rondônia será similar à “Operação Madeira Limpa”, realizada recentemente no Pará.

TOMBO GRANDE

Com a recessão e a valorização do dólar, o Brasil vai terminar o ano como a nona maior economia mundial, prevê o FMI (Fundo Monetário Internacional). O País, que tinha o sétimo maior PIB global no ano passado, não apenas será ultrapassado pela Índia, como o próprio Fundo previa em suas projeções de abril, como também ficará atrás da Itália. A última vez que o Brasil não ficou entre as oito maiores economias mundiais foi em 2007. Naquele ano, o País tinha o décimo PIB global, mas a crise americana veio logo a seguir, arrastando a economia europeia e derrubando os PIBs de Espanha e Itália, que antes estavam à frente do brasileiro.

FALANDO DE FUTEBOL

O colunista confessa ter perdido o deslumbramento pelo futebol. A ponto de ter renunciado aos anos em que torceu pelo Palmeiras. E mesmo considerando hoje o futebol brasileiro como assunto menor, pela primeira vez a coluna coloca no seu foco esse assunto que na noite de hoje o Brasil inicia sua participação nas eliminatórias sul-americanas, enfrentando o Chile, à noite, em Santiago do Chile.

CULPA DA CORRUPÇÃO

A práxis brasileira de deixar correr frouxa a corrupção acabou afetando o esporte mais popular do Brasil. A meu ver nosso país (que não conseguiu enxergar até hoje um caminho para combater esse câncer) depois do 7 a 1 aplicado pela Alemanha também não melhorou nada no futebol. À coluna parece impossível resolver os problemas do nosso futebol, em campo, enquanto não exterminarmos a corrupção dos cartolas.

SEM ANIMAÇÃO

Assim como a política do Brasil (e até mesmo de Rondônia), a Seleção que joga hoje não anima ninguém. Ele enfrenta a seleção de um país menos corrupto, e faz isso sem Neymar, o principal craque, suspenso pela confusão na Copa América.

Quando se fala de Brasil, o que vemos é a descrença em sua recuperação, enquanto estiver no comando do país o time apelidado de petralhas. É mais ou menos o mesmo que acontece em relação ao futebol brasileiro, quando lembramos que o ex-presidente José Maria Marin está preso na Suíça, acusado de corrupção, e o atual mandatário da entidade, Marco Polo Del Nero, não pode sair do Brasil, temendo o mesmo destino.

SEM IDENTIDADE

Mais uma vez dá para ver similaridade entre o que acontece com o Brasil, com o apequenamento dos atores da política (Renan, Jader, Cunha, Raupp e vai por ai afora), com o que acontece com a Seleção. Lá estará, no comando, a arrogância de Dunga (que, após a Copa de 2010, não deixou saudades) e um monte de jogadores que nem de longe lembram o nível daqueles que nos motivavam a ir ao campo, a torcer pelos nossos times.

A seleção brasileira virou um amontoado de atletas sem identidade, com raríssimas exceções. Não ficarei surpreso se a Seleção do Dunga encontrar na noite de hoje uma barreira instransponível.

CONTRADIÇÕES

A presença do Secretário de Finanças do Estado, Wagner Aguiar, para falar sobre a situação real da economia rondoniense mais alimentou as contradições do que esclareceu deputados sobre o sombrio futuro próximo das finanças rondonienses.

Wagner, embora seja o titular da Sefin, agiu como se tivesse algum interesse em esconder a realidade dos fatos. É isso o que demonstra a seguinte declaração produzida por ele: “Num horizonte a curto prazo podemos afirmar que teremos um crescimento razoável de receita, mas no momento estamos com perdas”. Ora, se estamos com perdas agora, o que leva o tal secretário a supor em crescimento de receita no curto prazo?

BLÁBLÁBLÁ

Sabendo que estava diante de uma plateia parlamentar amplamente favorável ao governo, Wagner produziu pérolas como essa, mesmo reconhecendo que houve perda de receitas nos 27 estados da federação: “[...] nossa economia é fortemente impactada pelo agronegócio, commodities agrícolas” e acrescentou que a arrecadação cresceu 8,39% de ICMS. E continuou: “Não acredito que vá despencar, mas se cair teremos (Sic) de cortar gastos voluntários (??)”

DIFICULDADES

Mas mesmo se esforçando para pintar um cenário cor de rosa nas finanças estaduais, Wagner deixou escapar algumas indiscrições: “O governo vem cortando alguns gastos (??), enfrentando dificuldades com despesas obrigatórias e fazendo ajustes” para manter a folha de pagamento em dia.

O chefe da Sefin compareceu perante a Comissão de Finanças da Assembleia atendendo convite do deputado Cleiton Roque (PSB), para quem os parlamentares precisam estar atentos à realidade financeira rondoniense, para não serem surpreendidos.

CASSAÇÃO IMPROVÁVEL

Novas vozes no meio político colocam o prefeito Mauro Nazif na alça de mira de cassação, como responsável pelo caos em que vive nesse momento o segmento do transporte urbano, decorrente do capricho do prefeito em dar o monopólio do serviço a uma empresa escolhida numa “solução emergencial” que dispensou a prática constitucional da concorrência pública.

Dessa vez quem abriu o coro pedindo um processo de cassação contra o prefeito de Porto Velho foi o deputado Leo Moraes, apoiado por vários colegas, como o deputado Adelino Follador. Acontece que Mauro continua tendo ampla maioria na Câmara e sua cassação é muito improvável.

JUDICIÁRIO

Como está sendo denunciado por omissão diante do caos vivido por uma cidade onde as empresas do transporte coletivo tiveram decretada a caducidade de sua contratação (e também por ter facilitado a contratação de uma empresa falida para entrar no sistema), é possível que autoridades do Judiciário e do Controle Externo tomem a iniciativa de pedir o afastamento do prefeito trapalhão.