Em Linhas Gerais: Sabendo das dificuldades de espaço dentro do PMDB, governador já busca alternativas partidárias com vistas ao Senado em 2018

Como já sabe das dificuldades de espaço que terá dentro de seu partido, onde o cacique mais importante é Valdir Raupp, o governador já busca alternativas partidárias com vistas ao vôo senatorial.

Publicada em 24 de November de 2016 às 07:38:00

Gessi Taborda - [email protected]

 

FILOSOFANDO

No jogo da vida nem sequer um camarote me interessa. É que eu vim jogar!” – H. JACKSON BROWN (1940). Além de escritor, ele é compositor, artista e proprietário de uma empresa de desenvolvimento de criatividade e idéias nos Estados Unidos. Desde pequeno, aprendeu com seus pais o hábito de anotar suas idéias. E assim sempre tinha uma caderneta onde guardava sugestões e lembretes. Seu livro mais famoso, Pequeno Manual De Instruções Para A Vida.

 

MUDANÇA À VISTA

Já olhando os contornos dos lances políticos para 2018, quando pretende entrar na disputa por uma cadeira do Senado, o governo (ainda) do PMDB, Confúcio Moura estaria, segundo fontes, articulando não só mudanças em seu secretariado. Também entra nessas articulações a liderança do governo no parlamento estadual. Como já sabe das dificuldades de espaço que terá dentro de seu partido, onde o cacique mais importante é Valdir Raupp, o governador já busca alternativas partidárias com vistas ao vôo senatorial.

 

FARÓIS

Centenas de motoristas rondonienses continuam sendo multados por trafegar com faróis apagados nas rodovias rondonienses. Isso, segundo comentou a fonte, mostra que ainda há uma parcela grande de condutores que não se conscientizou sobre a necessidade de se cumprir esta legislação que “ajuda a preservar vidas”.

 

MUNICIPALISMO

O deputado Maurão de Carvalho tem colocado o atendimento a prefeitos e vereadores eleitos na campanha desse ano como prioridade de sua agenda. Também nos seus deslocamentos (constantes) para o interior, o presidente do Legislativo rondoniense vai cada vez mais sendo adjetivado como um “verdadeiro municipalista” o que, convenhamos, acaba sendo uma forte credencial para quem pretende disputar o cargo eletivo máximo da administração estadual.

Como o deputado vem se saindo bem na gestão da Assembléia não faltam, nesse momento, políticos que começam a declarar, publicamente, que o deputado Maurão é, até agora, “o único nome concreto, e positivo, para a disputa do governo em 2018”.

 

FALÊNCIA

Não me surpreendi com a desfaçatez dos políticos em Brasília em relação ao vergonhoso episódio do ministro Gedel Vieira, dando-lhe a blindagem que, pelo visto, vai mantê-lo no cargo, apesar de todo o prejuízo de desgaste que isso representará para Michel Temer.

Estamos vivendo um cenário de falência moral como nunca se viu antes, da política brasileira. A comprovação dessa situação limite está em todo lado: na tentativa de Lula em desqualificar Sérgio Moro e a Lava Jato ou até mesmo na prisão dos dois ex-governadores do Rio, Sérgio Cabral e Anthony Garotinho. O roubo ao erário e a pilantragem dos atores políticos são a tônica. Estão esticando demais a corda...

 

CONTROLE

Não, não se trata de “teoria conspiratória”. Na verdade essa seria uma atitude lógica para dar garantias de que o PSB tenha cacife para participar diretamente da disputa do governo em 2018. 

E, segundo fonte da coluna, o prefeito reeleito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires, deve ser instado a assumir o controle do PSB rondoniense, substituindo Mauro Nazif, político em decadência acentuada após ter sofrido uma pesada derrota na eleição municipal de Porto Velho.

Tirar o PSB do controle da “turma do quibe” pode não ser uma coisa fácil. Todavia, hoje ninguém aposta mais na capacidade de Mauro em construir alianças para dar ao partido o protagonismo de participar de chapas majoritárias fortes. Lançar um candidato ao governo em 2018 era “um projeto” simpático ao próprio Jesualdo. O prefeito de Ji-Paraná no entanto tem uma limitação histórica: sua fidelidade aos interesses políticos do clã de Acir Gurgacz.

 

PRESTÍGIO BAIXO

Enquanto o prefeito eleito Hildon Chaves permanece em silêncio sobre a montagem do futuro secretariado, preferindo correr à procura de fontes de recursos para financiar os primeiros projetos, aliados da campanha se engalfinham na disputa pelos cargos. 

Engraçado: os que mais disputam são os que menos têm prestígio junto ao prefeito eleito e ao seu vice, o engenheiro Edgard (Tonial) do Boi. Coisa típica de baixo clero. Nesse engalfinhamento coleguinhas jogam todas as fichas na esperança de virar o bambambã do Decom municipal.

 

ESCÂNDALOS

Ontem políticos rondonienses tratavam de aumentar seus estoques de ansiolíticos para tentar viver um natal sem maiores sobressaltos. O motivo era o temor dos efeitos da delação de fim de mundo da Odebrecht na política rondoniense.

Não só nomes pesos-pesados do poder rondoniense serão afetados pelas revelações dos escândalos. Há gente da arraia miúda, tipo prefeitos e deputados estaduais, que também andaram navegando no pantanal da corrupção. Alguns nem estão mais em cargos públicos, mas nem por isso deixarão de ser alcançados pelo tsunami.

 

IDENTIDADE

O discurso feito nessa semana pelo deputado Leo Moraes dá ideia de que ele ainda continua prisioneiro de uma crise existencial ou de identidade. Segundo disse, vai dar 100 dias de tolerância ao prefeito eleito Hildon Chaves. Depois, vai “fiscalizá-lo”.

Ora, o deputado parece ter o desejo de voltar a ser vereador. Afinal, compete à edilidade fiscalizar o prefeito. Tomara que Leo, no cumprimento de seu mandato parlamentar, não se esqueça de fazer esse mesmo papel em relação governo de Confúcio, que é sua verdadeira atribuição.