Em Linhas Gerais: Diante da repercussão causada com o vazamento do suposto secretariado do novo prefeito, Hildon pode rifar alguns nomes

Gessi Taborda 

Publicada em 19 de November de 2016 às 10:24:00

[email protected]

 

FILOSOFANDO

Há casais que se detestam tanto que não se separam só para não dar esse prazer ao outro.” MAX NUNES (1922/2014), escritor brasileiro.

 

NÃO É CAUDILHO

Foi enorme a repercussão do vazamento de nomes “escolhidos” para composição do gabinete do prefeito eleito Hildon Chaves, a ser empossado em 1º de janeiro. E, como não poderia deixar de ser, a repercussão foi negativa, servindo até para que o suposto gabinete recebesse apelidos jocosos na rede social. Aquilo que passou a ser chamado de “Gabinete Naftalina” ou de “Museu dos Espantalhos” pode, segundo uma fonte consultada pela coluna não acontecer, “porque o prefeito eleito está analisando a repercussão e não vai tomar uma decisão de cima para baixo”, insistia a fonte, lembrando que Hildon Chaves, apesar dos arroubos de assessores mais próximos, “não é caudilho”. Então, vale dizer que os nomes pré-escalados podem ser revistos.

 

PROMESSA

O prefeito eleito Hildon Chaves durante a campanha prometeu um secretariado técnico. Falta apenas que esses “técnicos” tenham um perfil condizente com a tônica do discurso vitorioso do novo prefeito de fazer e corporificar a tão esperada “nova política” no âmbito do município.

O prefeito – espera-se – deve detalhar melhor o perfil dos indicados para afastar a suspeita – em face dos nomes vazados – de que na verdade está se preservando feudos políticos que causaram imensos impactos negativos no esforço de se construir uma cidade capaz de orgulhar seus moradores.

 

MISTÉRIO

Circula a boca pequena que a divisão de capturas da polícia rondoniense não está se esforçando o bastante para prender os políticos foragidos da Justiça. Com a tecnologia à disposição do segmento policial é mesmo difícil acreditar que essa polícia não saiba do paradeiro de Carlão de Oliveira, o ex-presidente da Assembleia Legislativa que, segundo consta, participou ativamente na estratégia que possibilitou, apesar de todo o desgaste político de seu clã, colocar mais um filho na vida pública de Porto Velho, como eleito vereador na capital.

 

BRAÇOS CRUZADOS

Também, dizem especialistas em descobrir bandidos procurados que não é preciso tanto esforço para localizar a ex-deputada Ellen Ruth, também foragida e ainda (segundo consta) recebendo benefícios do legislativo estadual. Certamente a autoridade responsável pela descoberta do paradeiro dos políticos foragidos tem obrigação de vir a público explicar se esse fracasso da ação policial é uma maneira de livrar os ladrões do erário do cumprimento da pena imposta pelo Judiciário.

 

TENTANDO TUDO

Renan Calheiros, o indigitado presidente do Senado, vai deixar de ser o mandachuvas da principal Casa parlamentar do Brasil em fevereiro. Por isso faz, agora, todo o esforço possível (e até o impossível) para votar o artigo sobre abuso de autoridade. Como é nome encalacrado em diversos inquéritos correndo no STF e corre um sério de risco de ser tragado pela Lava Jato aprovar uma lei para inibir investigações de criminosos do colarinho branco é uma de suas prioridades, desprezando a opinião pública, contrária a esse alvo dos senadores.

 

É CANDIDATO

Fonte com bastante trânsito nos meandros da Câmara Municipal disse ontem à coluna que Alan Queiroz, vereador reeleito pelas urnas de Porto Velho deve anunciar que será mesmo candidato a presidente na eleição que formará a nova mesa do legislativo da capital.

Ele é considerado um dos principais aliados do prefeito eleito Hildon Chaves e já ocupou o cargo de presidente da Casa. Até o fechamento da coluna não foi possível contatar nem o prefeito eleito e nem seu vice, Edgar Tonial, para conferir se o nome de Alan Queiroz terá o apoio do Executivo. Da última vez que disputou a presidência da mesa e venceu, Alan soube montar uma chapa de consenso. Certamente imagina que poderá repetir o feito.

 

A CAPITAL É VÍTIMA

Na semana que termina hoje um colunista ligado a um forte grupo econômico do segmento de comunicação criticou o Conselheiro Wilber Coimbra, do TCE, por determinar a suspensão de uma licitação preparada de afogadilho para o sistema de transporte urbano da cidade, onde as digitais de interesses (para se dizer o mínimo) nada republicanos da parte do prefeito que sai no final do ano estavam mais do que explícitas.

Na verdade, ao contrário de críticas Wilber merece, isso mesmo, elogio pela decisão. Ele, como a maioria de quem conhece de perto as estórias escabrosas dos últimos prefeitos de Porto Velho, sabe que nossa cidade nunca foi administrada com correção e decência. 

 

DIRECIONAMENTO

Consta que era perceptível o direcionamento da tal licitação para a contratação definitiva para o transporte urbano. E, dizem fontes, nas entrelinhas daquilo que está projetado alguém colocava um jabuti na árvore, garantindo que o felizardo vencedor do certamente seria beneficiado com uma cláusula estabelecendo para si um autêntico monopólio por 15 anos. 

Se o lamentável prefeito derrotado nas urnas passou todo seu mandato sem conseguir fazer uma licitação definitiva para o setor, certamente não seria agora no apagar das luzes que conseguiria fazer isso de modo transparente.

 

NOVO PREFEITO 

É claro que uma providencia dessa envergadura fica melhor para ser tomada pelo prefeito que entra. E isso é o que deve acontecer. 

Aliás, assim como na política de trânsito e sinalização onde a gestão fracassada permitiu a proliferação excessiva de sinais semafóricos (para a alegria de quem vendeu o equipamento e presta serviço de assistência ao sistema); na questão do transporte urbano ultrapassou todos os limites do razoável.

 

CORAGEM WILBER 

O sistema (uma verdadeira mina de ouro) foi dado, sem explicação que se sustente, beneficiou um empresário sem tradição nesse segmento (é o caso de Barafaldi), incluindo no pacote uma desconhecida “empresa” do Amapá. 

Fazia-se necessária esta atitude do conselheiro Wilber, como se faz necessário uma investigação mais detalhada para ver se nesse tipo de “negócio especial” não existe evidencias de corrupção além da incompetência constatada pelo time de Nazif.