Em Linhas Gerais: Disputa marcada pelo enorme desfile de baixarias e feriado prolongado devem colocar em primeiro lugar o "não voto"

​Gessi Taborda 

Publicada em 15 de October de 2016 às 11:14:00

[email protected]

FILOSOFANDO

Não sou aquele que sabe, mas aquele que busca.” HERMANN HESSE (1877/1962), Escritor alemão.

VERÃO

Em Rondônia não muda praticamente nada, mas o horário de verão, que começa amanhã, acaba influenciando a vida de quem mora no estado. O horário de verão entre em vigor em dez Estados mais o Distrito Federal. Os moradores destas regiões devem adiantar os relógios em uma hora. O horário de verão vai durar até o dia 19 de fevereiro de 2017. O horário de verão só se aplica nas regiões mais afastadas da Linha do Equador. Já para as regiões mais próximas desse ponto, os dias e as noites têm a mesma duração durante todo o ano, fazendo com que essa prática alcance resultados menores ou até mesmo não alcance vantagens em economia.

PREVISÃO

O estilo da campanha eleitoral desse segundo turno em Porto Velho deve mais uma vez colocar em evidência no placar das urnas aquilo que passou a ser chamado na disputa eleitoral de “não voto”. Uma disputa marcada pelo enorme desfile de baixarias deverá colocar em primeiro lugar a soma das abstenções com votos nulos/brancos, superando a votação individual dos dois candidatos. Na análise de quem entende essa tendência vai desidratar o índice dos votos válidos de Hildon e Leo.

FERIADÃO

O recorde no índice dos “não votos” será conseguido também com a ajuda do calendário. Afinal, a eleição do segundo turno vai cair num feriado prolongado do tamanho do carnaval. A folga esticada começa na sexta-feira anterior ao pleito, 28/10, Dia do Servidor, e termina na terça-feira, 2, Dia dos Finados, com o enforcamento da segunda em todas as repartições públicas.  O que vai acontecer nós sabemos: uma corrida dos eleitores para justificar ausência às urnas em postos eleitorais nas praias e destinos de passeio ou descanso.

UFANISMO

O clima na cúpula da campanha tucana em Porto Velho nunca esteve mais ameno. O candidato Hildon Chaves age de forma cautelosa, desestimulando o ufanismo que contagia parte da militância. A ordem é não sair das ruas até o último minuto da campanha.

Hildon segue nessa reta final como se estivesse envolto por uma couraça capaz de resistir aos ataques mais rasteiros dos oponentes, inclusive os ataques meramente pessoais.

EXPLICAÇÃO

Os articuladores da campanha do ex-membro do Ministério Público, Hildon Chaves, explicaram à coluna os motivos pelos quais o candidato vai dando prosseguimento à campanha sem obter o apoio de siglas fortes no estado e de lideranças mais conhecidas no meio político. “É uma decisão pessoal de Hildon em permanecer longe dos conchavos políticos e partidários, livrando a prefeitura do risco de ser transformada num trampolim para 2018”, acentuou o engenheiro Edgar (Tonion) do Boi, candidato a vice prefeito.

APADRINHAMENTO

Consequência natural do apadrinhamento dos partidos e políticos derrotados na campanha do primeiro turno traz um enorme risco de sobrecarregar ainda mais de cargos a prefeitura, consolidando a administração municipal como um imenso cabide de empregos e uma espécie de comitê de campanha para viabilizar conhecidos caciques como nomes para o governo do estado em 2018.

DE SAÍDA

Mais de um mês depois de receber o convite, a ex-presidente Dilma mantém mistério se aceita ou não a presidência da Fundação Perseu Abramo, do PT. A demora reforça o burburinho de que a petista intensifica as negociações para deixar a legenda.

PIORANDO

Políticos bem posicionados acham que a condenação do ex-senador Gim Argello deve deixar certos companheiros mais chegados com a pulga atrás da orelha. Para minorar a dureza da pena, Gim pode “oferecer” maior contribuição à Justiça contando segredos de cocheira sobre antigos “companheiros”. Dizem que tais revelações podem deixar o rondoniense Valdir Raupp mais desconfortável ainda.

RESOLVIDOS

Foi Elio Gaspari quem lembrou em sua coluna. Em outras palavras, é fácil falar em reforma da Previdência para Michel Temer, Geddel Lima e Eliseu Padilha. O trio que comanda a proposta se aposentou em suas categorias na faixa dos 50 anos.

É NOVIDADE?

Bolívia, Brasil e Venezuela estão entre os países mais corruptos do mundo, mostra estudo do Fórum Econômico Mundial.

BANANA REPUBLIC

Papais tranquem a porta do quarto à noite. Suzane von Richtofen está nas ruas.

CONFISSÃO

Candidato derrotado para a prefeitura de Juazeiro do Norte (CE), Gilmar Bender espalhou outdoors com a frase: “obrigado pelos 44.321 votos pagos todos à vista”.

CLARÍSSIMO

O desfecho dessa campanha eleitoral vai consolidar uma dica muitas vezes dada aqui na coluna. Quem se cerca de puxa-sacos vê seu projeto emperrando. O bom político precisa saber ouvir palavras duras de sua assessoria. Aqueles que se deixam levar pelo elogio fácil só descobre a besteira que fez após a derrota fragorosa de seu projeto.