A Energia Sustentável do Brasil (ESBR) comemorou no dia 24 em Brasília, a eficiência energética da Usina Hidrelétrica Jirau. O evento reuniu líderes do Setor de Energia do país, diretoria e acionistas da concessionária. Na ocasião, foram homenageados os fornecedores das Unidades Geradoras (UGs) – Dong Fang Eletric Corporation e Consórcio Fornecedor Jirau (CFJ), formado pela Alstom, Voith e Andritz.

A alta performance das UGs da Usina foi comprovada durante os primeiros testes, realizados no final de 2013. E também no início de 2014, no período da cheia do Rio Madeira. As turbinas demonstraram um fator de disponibilidade bem próximo da referência, definida no contrato de concessão da Usina, que é de 99,50%.

Durante seu discurso no evento, o presidente da ESBR, Victor Paranhos, ressaltou o comprometimento das equipes e dos fornecedores em oferecer energia limpa e de qualidade para o país. “O sucesso que hoje alcançamos se deve principalmente
à dedicação de todos os envolvidos na construção de Jirau. O grande beneficiado é sem dúvidas o consumidor brasileiro, que pode contar com uma produção de energia assegurada e de excelente qualidade.”, afirmou o presidente.

Outro fator que comprova a eficiência das UGs da UHE Jirau é que na fase de motorização, etapa em que novas Unidades são colocadas em operação, as máquinas não apresentaram queda de rendimento. Tal fator foi comprovado através dos indicadores TEIFa (Taxa Equivalente de Indisponibilidade Forçada) e TEIP (Taxa Equivalente de Indisponibilidade Programada), utilizados pelos órgãos do Setor Elétrico.

Além disso, as Unidades Geradoras da UHE Jirau foram projetadas para operar com quedas de reservatório na faixa de 9 a 19,6 metros. Já nos primeiros meses de operação comercial, as máquinas foram avaliadas de acordo com essa faixa de queda.

O resultado da avaliação foi que as UGs suportam todas as variações hídricas do Rio Madeira, permitindo a operação tanto em períodos de secas severas, quanto em períodos de cheias extraordinárias. Tal constatação ficou comprovada durante a cheia 2013/2014, a maior já registrada desde 1967, quando a Usina manteve seu funcionamento sem restrições operacionais. De acordo com a Agência Nacional de Águas, as vazões da cheia atingiram um período de recorrência de 300 anos, o que significa o tempo de probabilidade estatística de ocorrer novamente.

Mais um aspecto importante de se ressaltar, é que no edital de leilão da UHE Jirau, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estabeleceu um rendimento de 93% para o conjunto turbina/gerador. Ou seja, 93% da energia hídrica que passa pelas Unidades Geradoras, têm que ser transformada em energia elétrica. E foi observado até o momento, que o rendimento médio das UGs tem se mostrado superior ao exigido no edital de concessão.

Por tudo isso, a performance das Unidades Geradoras da UHE Jirau, significa a superação de mais um grande desafio pela Energia Sustentável do Brasil. Uma conquista que precisa considerar, inclusive, que se trata das maiores dimensões de turbina tipo bulbo do mundo, com 75 MW de potência instalada, um ineditismo.