Por Valdemir Caldas

 

O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), convidou a imprensa para tentar esclarecer o imbróglio em que se transformara a doação de uma área para um supermercado, para a construção de um shopping.

Começou dizendo que o processo de doação teve início na administração passada, cabendo-lhe, apenas, sancionar a lei e, consequentemente, regulamentar o ato, por meio do decreto nº. 14.375, posteriormente revogado, porque sua assessoria teria descoberto algumas imperfeições jurídicas, as quais, uma vez sanadas, a área será novamente doada.

Convenhamos, mas para quem herdou uma administração eivada de vícios, o mínimo que o prefeito deveria ter feito era pedir à sua assessoria que se debruçasse sobre a matéria, antes de ele assinar qualquer documento, evitando, assim, tanta polêmica, e não deixando para fazê-lo só depois que o assunto ganhou às ruas, chegando, inclusive, ao conhecimento do Ministério Público do Estado de Rondônia, que já abriu inquérito para apurar o caso.

Afinal, o que se está em jogo: um “trechinho” de rua ou são três mil e setecentos metros quadrados de área, como releva o decreto revogado pelo prefeito? São essas e outras coisas que acabam causando uma tremenda confusão na cabeça da maioria da população, aumentando, destarte, os índices de desconfiança na classe política.