Ex-comandante destaca investimentos e anuncia concurso público para a PM

Sobre o quantitativo da PM, o coronel afirmou que o ideal seriam 8.600 homens e hoje são 5.500.

Publicada em 24 de April de 2014 às 12:56:00

O investimento de R$ 6 milhões em armas do tipo pistola 1.40, distribuídas para todos os policiais; e a preparação de concurso público, inclusive para a área da saúde, foram alguns dos destaques da entrevista concedida pelo ex-comandante geral da Polícia Militar de Rondônia, coronel Paulo César de Figueiredo, ao programa “A Hora do Povo”, logo após a passagem do cargo ao coronel Fernando Luís Brum Prettz, nessa quarta-feira (23). O coronel, que foi para o quadro da reserva remunerada, responde agora como adjunto da Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), em substituição ao delegado Antônio Carlos Reis, que assumiu a titularidade da Sesdec, após a desincompatibilização do delegado federal, Marcelo Bessa, há uma semana.

Na entrevista de quase 1h, Paulo César de Figueiredo também falou ao jornalista Maurício Calixto sobre a necessidade de difusão do sistema de segurança implantado em Vilhena, que reduziu em 100% o índice de delitos em algumas áreas; e até 42% onde há grande concentração de agências bancárias e postos de combustíveis. O monitoramento eletrônico das ruas faz parte de uma parceria firmada no ano passado entre a prefeitura, PM, Associação Comercial (Aciv) e o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob).

O cuiabano, que veio para Rondônia em 1987, ingressou no quadro da PM após prestar concurso público no ano seguinte e há seis anos atingiu o mais alto grau da PM, o de coronel, disse que ao assumir o Comando Geral, em janeiro de 2011, elencou a tecnologia entre as prioridades de sua gestão, concretizada nas viaturas que hoje são equipadas com tablets ou celulares, a chamada tecnologia embarcada, que possibilita o acesso a dados, como furtos, roubos, foragidos e mandados de prisão, enquanto é feito o policiamento preventivo ou ostensivo, ou mesmo durante a ação repressiva.

Sobre o quantitativo da PM, o coronel afirmou que o ideal seriam 8.600 homens e hoje são 5.500. Ao apontar a necessidade de um reestudo para ampliação do quadro com vistas à redução dos índices de crimes, ele anunciou que em breve serão abertas inscrições para concurso público, inclusive para a área da saúde, com foco na contratação de médicos, psicólogos, dentistas e outros; e sugeriu a adoção do modelo de monitoramento de Vilhena, que com investimento de R$ 320 mil está possibilitando a instalação de 33 Câmeras nas ruas. O coronel lembrou que em Porto Velho também houve redução dos delitos com a instalação de 88 câmeras, mas o problema está na manutenção, daí a necessidade da formação de parceria da sociedade organizada com o Poder Público.

Ainda como medidas preventivas, o coronel destacou a instalação de bases em Guajará-Mirim, Buritis e Vilhena, essas duas ainda em fase de preparação; e a atuação do governo Federal com a Estratégia Nacional de Fronteira (Enafron). “Todas as bases são equipadas com tecnologia, inclusive binóculos noturnos”, afirmou.


Texto: Veronilda Lima/DECOM