Expedito Junior diz que cassação do governador Confúcio Moura foi uma "lição contra o abuso"

Ex-senador diz que vai pedir para ser empossado.

Publicada em 05 de March de 2015 às 18:12:00

O ex-senador Expedito Júnior (PSDB) , ouvido pelo jornal  FOLHA DO SUL ON LINE na tarde desta quinta-feira, 05, comentou a decisão do TRE que, horas antes, havia cassado o mandato do governador Confúcio Moura (PMDB) por abuso de poder. Por 4 votos a 3, a Corte Eleitoral condenou o peemedebista, que enfrentou o tucano no segundo turno, ano passado, sendo reeleito por estreita margem.

Ao falar sobre a sentença, Expedito disse estar tranqüilo e informou que ainda não pediu para ser empossado, como chegaram a noticiar veículos de imprensa em todo o Estado. “Mas meus advogados vão fazer isso, afinal, é um direito que a lei me garante”.

O tucano disse que a punição imposta a Confúcio demonstra aquilo que ele mesmo dizia durante a campanha. O ex-senador acusava o adversário de usar a máquina pública para cooptar eleitores e mobilizar várias categorias profissionais, como taxistas e mototaxistas. “Tudo foi pago com dinheiro público. Uma verdadeira farra milionária”.

Garantindo estar “sereno”, Expedito avalia que, pela lei, o governador tem que recorrer da decisão já fora do cargo, a não ser que consiga uma liminar para voltar ao posto. “No momento, Rondônia não tem governador. E o cargo está vago por decisão de uma instituição que sempre respeitei, que é a justiça eleitoral”.

Falando sobre o principal motivo da condenação do adversário, que foi a distribuição de alimentos durante a convenção do PMDB que aprovou seu nome, Júnior foi enfático: “Na minha convenção, nem água eu distribuí, porque a lei impedia. E a lei vale para todos!”.

Ao parabenizar os magistrados eleitorais, o tucano classificou a sentença do TRE como “uma lição oportuna contra os abusos”. Segundo argumentou, se diante de tantas evidências de crimes eleitorais, nada fosse feito, o pleito municipal do ano que vem seria marcado pela corrupção. “O que aconteceu na campanha, em que fui vencido pela força do dinheiro, é que o poder financeiro mascarou a vontade do eleitor. Se a disputa fosse hoje, o governador certamente seria derrotado”, finalizou.

Fonte: Folha do Sul Online
Postado por: Dimas Ferreira