Fogo destrói madeira em Jacy-Paraná e ameaça escola em distrito de Guajará-Mirim; estado registra 440 focos

Um incêndio queimou totalmente pelo menos dez lotes de madeira retirada há mais de seis anos da área do lago da hidrelétrica Jirau.

Publicada em 04 de August de 2016 às 14:30:00
Queimada em Jacy Paraná_03.08.16_Foto_Daiane  Mendonça (6)        Fogo consome “montes” de madeira no Km 880 da BR-364, em Jacy-Paraná

Meio-dia de terça-feira, no Km 880 da BR-364, no distrito de Jacy-Paraná, pertencente ao município de Porto Velho, um incêndio queimou totalmente pelo menos dez lotes de madeira retirada há mais de seis anos da área do lago da hidrelétrica Jirau.

Até ontem, Rondônia tinha 440 focos de fogo, dos quais, 196 na Capital e no interior de Porto Velho, informou o coordenador do Comitê Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, tenente BM Artur Luiz Santos de Souza.

Quarta-feira (3), às 13h30, uma guarnição do Corpo de Bombeiros de Guajará-Mirim saiu apressada para combater o fogo no mato de um terreno, ao lado da Escola Municipal Infantil Tia Chiquinha, no distrito de Iata, a 20 quilômetros da cidade fronteiriça com a Bolívia. A fumaça invadiu a escola a as aulas foram suspensas.

Estas são duas das dezenas de situações decorrentes da estiagem e da característica tradicional de agosto, quando ocorrem a secular queimada e sucessivos incêndios provocados por simples faíscas ou maldosamente por pessoas não identificadas. “Toda semana chegam comunicados de pontos de fogo, até em trechos de floresta”, informou o cabo Thiago Ribeiro, comandante da guarnição deslocada para Iata.

O vento soprou forte, levando faíscas e densa fumaça para o outro lado da rodovia, que ficou coberta de fumaça até o Km 886. Às 13h de terça-feira, o fogo se alastrava nos dois lados da pista. Montes de madeira em brasas correspondiam à área de pelo menos um campo de futebol.

Dificuldades são semelhantes em Rondônia e no Beni (Departamento boliviano). Se no lado brasileiro, o Subgrupamento Independente do Corpo de Bombeiros de Guajará-Mirim dispõe de 20 homens para atender a um território superior a 30 mil quilômetros² , o território boliviano não conta com esse serviço. A Armada Boliviana costuma pedir socorro ao CBM-RO até para resgatar corpos em naufrágios no rio Mamoré. As águas desse rio banham as duas cidades.