Governo incentiva organização da suinocultura em Rondônia

O objetivo da reunião foi mostrar aos produtores da região o programa e a dinâmica do funcionamento do mercado nacional e internacional da carne suína.

Publicada em 30 de March de 2015 às 11:38:00

A suinocultura brasileira ocupa destaque no cenário internacional. O  Brasil é o quarto maior produtor e o quarto maior exportador de carne suína. No estado de Rondônia,  a suinocultura ainda é pequena se comparada a outras atividades da pecuária. No propósito de tecnificar a suinocultura no estado, o governo do estado, por intermédio da Secretária de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento e Regularização Fundiária (Seagri), com a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO), realizou  na quarta-feira (25), na Câmara Municipal de Colorado do Oeste, palestra com o diretor executivo da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS).

O objetivo da reunião foi mostrar aos produtores da região o programa e a dinâmica do funcionamento do mercado nacional e internacional da carne suína e demonstrar que para atingir novos mercados é preciso ter organização na cadeia produtiva interna. O diretor executivo da Associação Brasileira dos Criadores de Suíno (ABCS), Nilo Chaves de Sá, as criações de suínos no Brasil estão dividas em dois sistemas; o integrado e independente.

“No sistema integrado a empresa entrega o leitão e os insumos ao produtor e no sistema independente os produtores bancam todos os custos da cadeia, tendo autonomia com os suínos criados. Nesses dois sistemas o produtor tem que estar organizado para conseguir fortalecer a cadeia produtiva, tanto na compra de insumos como na venda dos suínos finalizados”, destacou Sá.

O rebanho de suínos do estado tem mais de 249 mil cabeças, sendo a maioria nas propriedades classificadas como de subsistência; esses animais estão espalhados por 367 propriedades. Atualmente, Rondônia está entre os 14 estados brasileiros reconhecidos como livre de peste suína clássica. “Precisamos de um sistema vertical, onde aumentamos o numero de animais por área. Não queremos porco, mas sim, suíno, isto é, animais com boa procedência genética e carne de qualidade”, enfatizou o coordenador de agricultura e pecuária da Seagri, Julio Peres.

CLIMA FAVORÁVEL

Para o gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Animal (Gidsa) da Idaron, o médico veterinário Fabiano Alexandre, Rondônia tem as características favoráveis para a produção da suinocultura, como o clima, o alimento e a sanidade. “O estado já tem um programa de sanidade suína, reconhecido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). Temos propriedades agroprodutivas, só precisamos profissionalizar a cadeia produtiva do suíno no estado”.

O governo do estado busca o desenvolvimento sustentável das diversas cadeias produtivas: café, bovinocultura de corte, leite, a piscicultura e agora suinocultura. “Temos o grão, água e produtores com vontade de produzir. Buscamos a ABCS, pois ela tem o know how da tecnologia e produtividade que o estado precisa para ter uma suinocultura forte e pujante. Hoje plantamos a semente da associação estadual de suinocultores,”

Luiz Gonzaga Alcausa, do município de Porto Velho, é suinocultor há mais de 7 anos, participou da reunião e contou que os principais problemas da cadeia produtiva do suíno no estado são os preços dos insumos e impostos, pois a maioria dos produtos vem de fora.” Fiquei animado após a reunião, pois saiu o encaminhamento de uma associação estadual de suinocultura. Isto é muito importante para a cadeia produtiva, que ganha um corpo associativo para que tenhamos mais treinamento, conhecimentos e, assim, ajudar na luta pela implantação de uma suinocultura de qualidade em Rondônia,” disse.


Texto: Dhiony Costa e Silva