Greve encerra primeira semana com 111 agências fechadas em Rondônia

No entanto, nem mesmo esse aumento considerável de agências fechadas e mais adesão de trabalhadores foram suficientes para sensibilizar os bancos que, até o momento, sequer se pronunciaram sobre a greve.

Publicada em 09 de October de 2015 às 16:10:00

A greve nacional dos bancários chegou ao seu quarto dia nesta sexta-feira, 9/10, com 111 (das 130 existentes no Estado) fechadas,número bem superior ao quarto dia da greve no ano passado, que se encerrou com 95 unidades sem abrir as portas, o que representa uma adesão histórica para o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).


Em todo o país a greve encerrou o terceiro dia com 10.369 locais de trabalho - entre agências e centros administrativos – fechados, ou seja, 1.606 postos fechados a mais se comparados ao primeiro dia de
greve, terça-feira, dia 6. Os números são da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com base nos dados enviados pelos sindicatos que integram o Comando Nacional dos
Bancários.

No entanto, nem mesmo esse aumento considerável de agências fechadas e mais adesão de trabalhadores foram suficientes  para sensibilizar os bancos que, até o momento, sequer se pronunciaram sobre a greve que
atinge os 26 Estados da Federação e Distrito Federal.

O setor que mais lucra no país ofereceu um vergonhoso reajuste de 5,5% aos trabalhadores - o que representa perda de 4% diante da inflação - e um abono de R$ 2,5 mil que nem é este valor mesmo já que sobre ele
incide imposto de renda e INSS. E é pago uma vez só, ou seja, não tem efeito nos cálculos do FGTS, 13º salário ou da aposentadoria.

“Comemoramos o aumento de adesão ao movimento e o fechamento de mais agências em todo o país para fortalecer a greve. No entanto, lamentamos que nem isso seja capaz de fazer com que os bancos adotem
uma postura mais diplomática e humanitária com os trabalhadores até o momento. Os lucros gigantescos e sucessivos dos bancos são frutos do suor e sangue dos bancários, e por isso reivindicamos índices e
garantias que sejam justas para a categoria, como melhores salários, melhores condições de trabalho, mais saúde e segurança, fim do assédio moral e das metas abusivas. Sabemos que os bancos tem totais condições
de fazer isso, mas não fazem! Por isso a greve continua e pedimos a compreensão e apoio de toda a sociedade, pois a luta é pelos bancários e também pelos clientes e usuários, que sofrem com um atendimento precário nas agências”, menciona José Pinheiro, presidente do Sindicato.