Intenção de consumo de Porto Velho cai pelo terceiro mês seguido

O MENOR CONSUMO DO ANO- Com uma leve queda de -5,6% o ICF de Porto Velho, em março, continua em queda com o índice alcançando o seu menor patamar no ano.

Publicada em 30 de March de 2015 às 10:39:00

A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) das famílias de Porto Velho do mês de março de 2015 mostra que a intenção de consumo de Porto Velho voltou a cair, pela terceira vez seguida, passando dos 116,2 pontos, em fevereiro, para os 109,7 pontos de março, ou seja, -5,6% chegando ao menor patamar de consumo do ano. É o menor patamar também em um ano e um dos mais baixos da série histórica (iniciada em janeiro de 2010).  A pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-FECOMÉRCIO/RO, em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio-CNC, apontou também que todos os sete itens pesquisados tiveram variações negativas, com destaque o Nível de Consumo Atual que ficou abaixo dos 100 pontos, ou seja, possuem um desempenho negativo com uma queda de -13,5%.

INTENÇÃO DO CONSUMO DAS FAMÍLIAS DE PORTO VELHO-JANEIRO/FEVERIRO/MARÇO DE 2015.

INDICE

Janeiro

Fevereiro

Março

Variação%

Fevereio/Março

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS

121,3

 116,2

109,7

     -5,6   

  Emprego Atual

 131,0

 131,3

130,3

     -0,8

  Perspectiva Profissional

 136,9

 131,4

129,3

     -1,6

  Renda Atual

 134,0

 128,2

119,6

     -6,7

  Acesso à Credito

 121,0

 111,6

105,5

     -5,5

  Nível de Consumo Atual

 101,7

   95,1

  82,3

   -13,5

  Perspectiva de Consumo

 121,0

 110,2

102,9

     -6,6

  Momento para Duráveis

 103,2

 105,2

 98,3

     -6,6 

Fonte: CNC/Fecomércio-Pesquisa Direta

 

 

 

 

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia, Raniery Araújo Coelho, afirmou que “Sem dúvida este quadro reflete a conjuntura brasileira onde as medidas recessivas tomadas pelo governo para combater a inflação refletem diretamente sobre o consumo e o crédito” e, ponderou que “Como apontam os indicadores as expectativas este ano continuam não sendo boas e a esperança é de que o governo federal tome medidas para a retomada do crescimento”. Segundo análise do Departamento Econômico da Fecomércio Rondônia o crescimento da inflação e as baixas expectativas, com o aumento das apreensões em relação ao futuro, têm levado as famílias a ter um comportamento muito mais cauteloso, bem como diminuído fortemente a perspectiva de consumo e, em menor escala, a perspectiva profissional o que afeta diretamente o consumo atual e futuro, daí, não se esperar grandes alterações na intenção do consumo nos próximos meses.