Intenção de consumo de Porto Velho cai pelo terceiro mês seguido
O MENOR CONSUMO DO ANO- Com uma leve queda de -5,6% o ICF de Porto Velho, em março, continua em queda com o índice alcançando o seu menor patamar no ano.
A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) das famílias de Porto Velho do mês de março de 2015 mostra que a intenção de consumo de Porto Velho voltou a cair, pela terceira vez seguida, passando dos 116,2 pontos, em fevereiro, para os 109,7 pontos de março, ou seja, -5,6% chegando ao menor patamar de consumo do ano. É o menor patamar também em um ano e um dos mais baixos da série histórica (iniciada em janeiro de 2010). A pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-FECOMÉRCIO/RO, em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio-CNC, apontou também que todos os sete itens pesquisados tiveram variações negativas, com destaque o Nível de Consumo Atual que ficou abaixo dos 100 pontos, ou seja, possuem um desempenho negativo com uma queda de -13,5%.
INTENÇÃO DO CONSUMO DAS FAMÍLIAS DE PORTO VELHO-JANEIRO/FEVERIRO/MARÇO DE 2015.
INDICE |
Janeiro |
Fevereiro |
Março |
Variação% Fevereio/Março |
INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS |
121,3 |
116,2 |
109,7 |
-5,6 |
Emprego Atual |
131,0 |
131,3 |
130,3 |
-0,8 |
Perspectiva Profissional |
136,9 |
131,4 |
129,3 |
-1,6 |
Renda Atual |
134,0 |
128,2 |
119,6 |
-6,7 |
Acesso à Credito |
121,0 |
111,6 |
105,5 |
-5,5 |
Nível de Consumo Atual |
101,7 |
95,1 |
82,3 |
-13,5 |
Perspectiva de Consumo |
121,0 |
110,2 |
102,9 |
-6,6 |
Momento para Duráveis |
103,2 |
105,2 |
98,3 |
-6,6 |
Fonte: CNC/Fecomércio-Pesquisa Direta
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia, Raniery Araújo Coelho, afirmou que “Sem dúvida este quadro reflete a conjuntura brasileira onde as medidas recessivas tomadas pelo governo para combater a inflação refletem diretamente sobre o consumo e o crédito” e, ponderou que “Como apontam os indicadores as expectativas este ano continuam não sendo boas e a esperança é de que o governo federal tome medidas para a retomada do crescimento”. Segundo análise do Departamento Econômico da Fecomércio Rondônia o crescimento da inflação e as baixas expectativas, com o aumento das apreensões em relação ao futuro, têm levado as famílias a ter um comportamento muito mais cauteloso, bem como diminuído fortemente a perspectiva de consumo e, em menor escala, a perspectiva profissional o que afeta diretamente o consumo atual e futuro, daí, não se esperar grandes alterações na intenção do consumo nos próximos meses.