Julgamento de acusados de matar advogado em Cacoal entra no terceiro dia

Foram intimadas a depor cerca de 35 pessoas, das quais 12 falaram nos dois primeiros dias.

Publicada em 23 de November de 2016 às 10:55:00

Longos depoimentos e acaloradas discussões marcaram o segundo dia do julgamento dos quatro acusados pelo homicídio do advogado Valter Nunes, em Cacoal. Nesta quarta-feira, 23, o julgamento entrou no terceiro dia, com o depoimento de mais testemunhas e com previsão de que possa seguir até a próxima sexta-feira.

Foram intimadas a depor cerca de 35 pessoas, das quais 12 falaram nos dois primeiros dias. Os depoimentos mais longos foram do delegado que presidiu o inquérito e de uma mulher que alega ter ouvido a confissão e visto dois dos acusados com dinheiro, que seria o suposto pagamento pelo crime. Essas duas testemunhas falaram por cerca de seis horas cada um e responderam a perguntas dos advogados e dos promotores de Justiça.

O processo que apura esse crime tem 55 volumes e teve início em 2007. Dois anos após, a polícia prendeu os acusados e apresentou a versão de que Cássio Claros e Jonas de Freitas seriam os executores do homicídio, e que Vera Nunes e Sóstenes Alencar teriam encomendado a morte de Valter Nunes. Na fase de investigação policial, Cássio confessou o crime. Mas, em juízo negou. Os outros réus negam a autoria do homicídio.

Após os depoimentos das testemunhas, os réus serão interrogados para apresentarem suas versões dos fatos. Em seguida serão realizados debates entre advogados e promotores. A defesa dos acusados irá dividir o tempo para fazer as explanações aos jurados, que são as pessoas que vão decidir sobre a condenação ou absolvição dos réus.

O Tribunal do Júri da comarca de Cacoal está instalado no auditório da Universidade Federal (Unir) devido à necessidade de isolamento das mais de 30 testemunhas indicadas para participar do julgamento, assim como para acomodação adequada dos advogados e seus auxiliares no plenário. Os jurados permanecem isolados desde o início do julgamento e são monitorados por oficiais de Justiça e policiais. O juiz de Direito Carlos Burck preside o julgamento, que tem sido acompanhado por grande número de pessoas e pela imprensa local.

 

Proc. 0042709-02.2007.8.22.0007

 

Assessoria de Comunicação Institucional TJRO