O deputado L�o Moraes (PTB), em seu discurso na sess�o desta quarta-feira (4), na Assembleia Legislativa destacou a realiza��o da audi�ncia p�blica, proposta por ele, que ser� realizada na quinta-feira (5), �s 10h, para debater sobre as veicula��es na m�dia a respeito da possibilidade de rompimento das barragens das usinas do Madeira.

O parlamentar explicou que a iniciativa em apresentar requerimento para a realiza��o do ato aconteceu, ap�s ouvir as explana��es do doutor em biologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amaz�nia (INPA), Philip Fearnside.

O estudioso palestrou na audi�ncia p�blica realizada em Manaus, em novembro de 2015, onde foram discutidos os impactos ambientais advindos da instala��o das hidrel�tricas de Santo Ant�nio e de Jirau.

Segundo L�o, na �poca ele considerou certa omiss�o dos pol�ticos de Rond�nia em perceber que outros Estados estavam discutindo e demonstrando preocupa��o com um s�rio problema que pode afetar a popula��o de Porto Velho e n�o de Manaus. Diante disso, o deputado decidiu trazer o assunto para o debate na Capital.

L�o Moraes citou que Philip Fearnside, durante a audi�ncia na capital amazonense, afirmou que n�o teriam sido feitos estudos de riscos futuros como impactos geol�gicos, incluindo a possibilidade de alagamento das regi�es e estradas que margeiam as usinas, como de fato acabou ocorrendo.

Para o deputado, levando em considera��o todos os aspectos, estudos, dados e possibilidades apresentados pelo bi�logo, as usinas precisam apresentar para a sociedade a exist�ncia de um plano de rota para uma evacua��o de urg�ncia, um plano de escapamento caso o pior venha a acontecer.

�Isso � de extrema import�ncia j� que alguns estudiosos afirmam que se realmente acontecer, as �guas alcan�ariam at� a Avenida Jorge Teixeira, sem qualquer chance de fuga para a popula��o que reside e trabalha at� essa altura da cidade�, alertou L�o Moraes.

O parlamentar afirmou que o objetivo da audi�ncia n�o � causar p�nico na popula��o, mas dar aos cons�rcios respons�veis pelas usinas a oportunidade de nos informar das reais possibilidades, da atual realidade, at� onde as not�cias veiculadas s�o verdadeiras e de que forma poderemos nos prevenir caso uma trag�dia venha a acontecer.

�Ser� uma audi�ncia onde pretendemos ter um di�logo tranquilo, esclarecedor, para que possamos discutir e trabalhar com calma e da melhor forma poss�vel para tirarmos todas as d�vidas que nos cercam em rela��o a riscos futuros�, salientou o parlamentar.

As usinas, de acordo com o deputado, j� teriam deixado uma triste e catastr�fica heran�a para Porto Velho e o Estado. Citou as dezenas de fam�lias que se viram obrigadas a deixarem suas terras, o incha�o na �rea da sa�de, a sobrecarga da seguran�a p�blica e tantos outros preju�zos sociais que, segundo L�o, �ser� muito dif�cil reverter em um per�odo curto de tempo�, analisou.

L�o destacou os desbarrancamentos ao longo das margens do Rio Madeira que acontecem em raz�o dos banzeiros ocasionados pelas usinas e que estariam colocando dezenas de comunidades ribeirinhas em situa��o cr�tica. Ele lembrou a enchente de 2014 que culminou com a destrui��o de v�rios distritos, produ��es agr�colas, cria��es de animais, comunidades hist�ricas que para o deputado, �representam todo o legado do nascimento da nossa terra e que foram altamente prejudicadas�, declarou.

�Pergunto qual o real benef�cios que essas usinas trouxeram para o nosso Estado? Afinal, s� quem ganha de fato � a distribuidora da energia gerada aqui�, questionou o deputado.

L�o Moraes disse que, diante da seriedade do tema a ser debatido na audi�ncia, espera contar com a presen�a de todos os deputados, representantes da Defesa Civil, t�cnicos e engenheiros das usinas hidrel�tricas, demais autoridades envolvidas ou relacionadas com o assunto e sociedade em geral.