Leo Moraes diz que falta gestão na Prefeitura de Porto Velho

Termos de compromissos foram rescindidos e a capital perdeu R$ 151 milhões nos últimos anos.

Publicada em 04 de March de 2015 às 18:47:00

A  administração que o prefeito Mauro Nazif (PSB) vem realizando em Porto Velho foi duramente criticada na Assembleia Legislativa, por causa de rescisões de termos de compromissos celebrados com o Governo Federal, através do Ministério das Cidades, que resultaram na perda de cerca de R$ 151 milhões que seriam investidos em mobilidade urbana, asfalto e sistema de drenagem pluvial, canalização, parque linear de canal e reassentamento de moradias na capital de Rondônia.
O deputado Léo Moraes (PTB) foi quem abriu a série de críticas, afirmando que os recursos não virão mais porque a Prefeitura não elaborou projetos. Vários outros parlamentares demonstraram total descontentamento pelo fato de a cidade de Porto Velho ter sido classificada, em publicação na mídia nacional, como uma das piores capitais brasileiras.

“Nada contra a pessoa do prefeito Mauro Nazif. Aliás, como deputado federal até lutou por esses recursos, mas a sua administração na Prefeitura de Porto Velho está deixando muito a desejar. A incompetência é tão mal quanto o câncer, pois permanecer prejudicando. Não é à toa que essa administração conta com 80% de rejeição. Os recursos estão sendo perdidos simplesmente por falta de elaboração de projetos. Isso não é aceitável”, disse Léo Moraes.

Ele apresentou documentos comprovando a rescisão do termo de compromisso com o Ministério das Cidades, representada pela Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 53.753.695,10 destinados para o sistema de drenagem pluvial, canalização, parque linear de canal e reassentamento de moradias no município de Porto Velho. O comunicado da Caixa Econômica Federal (Gerência Executiva de Governo/Porto Velho e Superintendência regional de Rondônia) foi feito ao prefeito Mauro Nazif no dia 20 de fevereiro de 2015.

Léo Moraes informou, ainda, que no ano passado, a Prefeitura de Porto Velho já havia perdido contratos com Governo Federal na ordem de R$ 90 milhões para aplicação na mobilidade urbana e R$ 8 milhões para asfalto.
“A capital do Estado vai viver apenas do FPM (Fundo de Participação dos Municípios)? Falou-se que foram investidos cerca de R$ 100 milhões com maquinários que estão parados, pois não trabalham nas vicinais e nem na recuperação de ruas da cidade e dos distritos. Por isso, sugeri ao Governo a criação da Secretaria Metropolitana para que o Estado possa ajudar nossa cidade, que é a capital mais descuidada do País”, enfatizou o deputado do PTB, acrescentando que só denuncia com materialidade, comprovação com documentos.

O deputado Marcelino Tenório (PRP) elogiou a preocupação de Léo com a capital. Lamentou a perda de recurso pela Prefeitura de Porto Velho por falta de projetos. Em aparte, o deputado Aélcio da TV (PP) também elogiou Léo. Ele disse que a pesquisa que demonstra que Porto Velho é uma das capitais mais feias do País é ruim para a cidade e sua população.
Aélcio citou a constante perda de recursos comprova o motivo de a cidade não ser bem cuidada. “É falta de gestão do prefeito Mauro. As indústrias não vêm para Porto Velho porque não tem motivação alguma devido ao descaso com a cidade. Aqui tem cinco deputados da capital, mas a capital é do Estado e todos têm que se preocupar com isso”, disse.

O deputado Jesuíno Boabaid (PT do B) comentou que causa vergonha ver a cidade de Porto Velho abandonada. Argumentou que tem que se buscar a responsabilidade do gestor. Segundo ele, a Secretaria Metropolitana será a salvação da cidade. “A administração municipal, em dois anos, não fez nada. Os alagados e atingidos pelas enchentes estão aí abandonados. As usinas só trouxeram desgraça para Rondônia. Por isso elas têm que ser responsabilizadas, também, pelos que está acontecendo” completou.

Já o deputado Adelino Follador (DEM) parabenizou os colegas pela defesa da capital. Disse que chegou a Rondônia em 1977 e sente uma tristeza por ver Porto Velho na condição de abandono. Disse que as compensações das usinas foram mal distribuídas, não foram fiscalizadas, já que houve mais interesse do ex-prefeito e do ex-governador que só pensaram em resolver os próprios problemas.