O Ministério Público do Estado de Rondônia, por meio da Promotoria de Justiça da Educação, realizou audiência coletiva com 87 famílias que têm crianças e adolescentes com problemas relacionados à infrequência, indisciplina e evasão escolar, em Porto Velho. Na ocasião, os pais dos estudantes assinaram Termo de Compromisso, em que se comprometem a sanar irregularidades relacionadas à questão educacional dos filhos.

A reunião ocorrida nesta quinta-feira (10), na sede do MPRO, foi conduzida pelo Promotor de Justiça Marcelo Lima de Oliveira, que reuniu o grupo para tratar, de forma coletiva, dos procedimentos classificados como de menor gravidade que estão em curso na Promotoria e que envolvem as famílias convidadas.

A audiência coletiva, segundo ele, teve como propósito dar mais dinamismo e celeridade ao andamento dos casos, solucionando de forma mais rápida os problemas que afetam a permanência dos estudantes em sala de aula. Na ocasião, os pais entregaram documentos solicitados pelo MP a cada família, requisito necessário para a continuidade e posterior conclusão de procedimentos instaurados no âmbito do Ministério Público.

A reunião oportunizou, ainda, o encontro de pais que têm enfrentado dificuldades em manter os filhos na escola. “A intenção é mostrar a esses pais e mães que eles não são os únicos como esse tipo de problema”, afirmou o integrante do MP, explicando que a estratégia serve para promover uma troca de experiências entre os participantes, renovando a disposição deles para investir na educação dos filhos.

Ao ministrar palestra sobre a importância da educação, o Promotor de Justiça falou de forma prática aos estudantes sobre a influência da vida escolar na construção de um cidadão consciente e de um futuro melhor. Ele também orientou os pais sobre como lidar diante do desinteresse dos filhos em relação à escola.

Marcelo Lima afirmou que a infrequência e a evasão escolar têm como causa mais frequente a dificuldade de aprendizado do aluno. A situação é agravada com a falta de acompanhamento dos pais, situação que ocorre em alguns casos. É que não é raro os pais se sentirem despreparados para auxiliar os filhos nas atividades escolares. Outros se mantêm distantes da rotina da criança, em razão da desestruturação familiar e, ainda, há aqueles que não se sentem motivados a encorajá-la a prosseguir com os estudos porque também abandonaram a sala de aula quando jovens.

Na ocasião, o Promotor de Justiça alertou os presentes para o risco da infrequência e posterior evasão escolar. “Fora da sala de aula, o aluno fica em uma situação de vulnerabilidade, podendo optar por caminhos que comprometam seu desenvolvimento e sua vida adulta”, disse.