MPF propõe acordo de cooperação técnica para produção em aldeias

Seagri, Emater e Funai vão fazer um termo de cooperação técnica para melhorar produção de alimentos nas aldeias de Guajará-Mirim.

Publicada em 09 de July de 2014 às 16:45:00

Os indígenas do município de Guajará-Mirim serão os primeiros contemplados em Rondônia de uma iniciativa para melhoria da produção alimentar nas aldeias. Com a intermediação do Ministério Público Federal (MPF), um acordo de cooperação técnica será feito entre a Funai, a Emater e a Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri). A proposta da cooperação técnica atende uma demanda dos indígenas que pedem apoio para melhoria de sua produção de alimentos.

“Os indígenas não são mais nômades. Estão fixados em aldeias e há significativo aumento populacional nos últimos anos. Têm carência de alimentação e geração de renda, pois não têm preparo técnico para o modo de produção não-indígena. Por isto fizemos uma reunião com a Funai, Emater e Seagri a fim de capacitar os indígenas para a criação de animais e peixes, bem como o plantio de alimentos em escala”, disse o procurador da República Daniel Dalberto.

A reunião ocorreu em Porto Velho, na manhã da última segunda-feira, 7 de julho, com a participação do secretário da Seagri, Evandro César Padovani; do secretário-executivo da Emater, Luiz Gomes Furtado; dos servidores da Funai de Guajará-Mirim, João Soares Rodrigues e Juscileth Costa Pessoa; e dos procuradores da República Daniel Dalberto e Leonardo Sampaio.

Geração de renda
Na semana passada, nos dias 1º e 2 de julho, a situação dos indígenas de Guajará-Mirim foi discutida pelo MPF; pelo coordenador regional da Funai no município, Adilson dos Santos; e pela chefe do Serviço de Apoio à Geração de Renda da Funai em Brasília, Ana Heloísa Bandeira de Melo.

“A situação nas aldeias precisa ser vista de perto. Por isto pedimos a presença da Funai nacional. Os indígenas pedem insistentemente o apoio do MPF e de outras instituições para que possam melhorar a qualidade e quantidade de alimentos produzidos para consumo e comercialização do excedente. Se houver esse apoio, eles poderão produzir e comercializar os excedentes, futuramente, gerando renda para suas aldeias, sem depender de políticas assistencialistas”, finalizou Dalberto.