Municípios rondonienses recebem do governo equipamentos de combate à malária

Para Luiz Eduardo Maiorquim, sair de uma condição de endemia para uma classificação de baixo risco tem que ser comemorado muito.

Publicada em 04 de May de 2015 às 18:45:00

 

O vice-governador Daniel Pereira fez entrega simbólica de uma bomba

O vice-governador Daniel Pereira fez entrega simbólica de uma bomba

Caiu em 90% o número de casos de malária em Rondônia. O Estado saiu de situação de alto risco – segundo normas da Organização Mundial de Saúde (OMS) -, com 100 mil casos confirmados em 2006, para 10 mil casos em 2014.

Estes números, além de mostrar a redução da incidência da doença no Estado, ajudou Rondônia a ter classificação de baixo índice, ficando com 5,9 casos para cada mil habitantes.

Os números são do departamento de estatísticas da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e foram anunciados nesta segunda-feira (4) durante a entrega de 23 bombas termonebulizadoras para 13 municípios, que estão em situação de alerta.

No total, 13 cidades foram beneficiadas: Cujubim, Guajará-Mirim, Machadinho do Oeste, Nova Mamoré, Ariquemes, Candeias do Jamari, Campo Novo, Rio Crespo, Buritis, Vale do Anari, Alvorada do Oeste, Alta Floresta e Costa Marques.

De acordo com a diretora-geral da Agevisa, Alerte Baldez, a entrega dos equipamentos faz parte das ações de controle vetorial da malária no Estado. Ele afirma que a Agevisa, através da Coordenação Estadual de Controle da Malária, vem implementando parcerias com prefeituras com a meta de manter os índices da doença em queda.

Roberto Nakaoka, coordenador Estadual de Controle da Malária, classifica a redução como um marco histórico em Rondônia. Ele disse que o governo de Rondônia é dos maiores responsáveis pelo controle e redução da malária, graças a uma política de saúde séria que mantém parceria com todos os municípios do Estado.

PERFIL DO ESTADO

Arlete Baldez, da Agevisa, comemora números

Arlete Baldez, da Agevisa, comemora números

Alerte Baldez disse que todos casos confirmados de malária, apenas 6% são de Plasmodium falciparum, forma mais grave da doença. Ela é transmitida por um protozoário parasita, uma das espécies do gênero Plasmodium que causa a malária em humanos. É transmitida por mosquitos Anopheles.

Os outros 94% são de casos Plasmodium vivax, forma mais leve da doença. Ela é um parasita protozoário e um patogênio humano. É a causa mais comum e disseminada de malária recorrente e uma das seis espécies de parasitas de malária que infectam o ser humano, explica Arlete Baldez.

O secretário adjunto de Saúde, Luiz Eduardo Maiorquim destacou o compromisso do governador Confúcio Moura com o setor de Saúde do Estado. Para ele, os resultados positivos alcançados pelo Estado em nível nacional, comprovam que a política adotada pelo governo está no caminho certo.

Para Luiz Eduardo Maiorquim, sair de uma condição de endemia para uma classificação de baixo risco tem que ser comemorado muito. “Isso só de consegue com trabalho redobrado em todas as áreas, principalmente na prevenção, em parcerias com as prefeituras”, disse o secretário.

BALANÇO
O vice-governador Daniel Pereira, que representou o governador Confúcio Moura, fez um breve balanço dos avanços que o setor de Saúde obteve nos últimos quatro anos. Ele citou como exemplo a modernização do Hospital de Base Ary Pinheiro – referência em Rondônia no tratamento de alta complexidade -, que saiu de uma condição praticamente “primitiva”, do ponto de vista da medicina, para se tornar uma unidade integrada à Central Nacional de Transplantes.

Ele destacou o trabalho da Agevisa, em parceria com prefeituras. Para ele, que conhece a doença há mais de 30 anos, sabe que a mudança da classificação de altíssimo para baixo risco, comprovam que todos os esforços e investimentos feitos pelo governo não foram em vão. Milhares de pessoas estão sendo salvas com uma ação de controle séria, que visa o bem-estar da população.


Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo