Autor: Eranildo Costa Luna

Foto Elienio Nascimento-Decom-ALE-RO

O deputado estadual Neodi Carlos (PSDC) criticou duramente a atuação dos órgãos ambientais, que segundo ele estão maltratando e humilhando os pequenos produtores rurais de Rondônia, durante discurso em plenário nesta terça-feira (06).
Segundo ele, uma reunião na semana passada, com as presenças do presidente nacional do Incra e demais autoridades e lamentou que poucos agricultores tenham sido beneficiado com o título definitivo da terra, em Machadinho do Oeste.

“O pequeno produtor, para ser multado, ele é dono da terra e tem seu CPF recheado de multas e fica impedido de ter acesso ao crédito bancário e aos seus direitos como cidadão”, disse.

Neodi denunciou que a Força Nacional está na região de Machadinho do Oeste e tem tratado famílias de pequenos produtores como bandidos. “É uma ação vergonhosa e arbitrária. O Incra, o Ibama ou a Sedam não fazem a sua parte, mas para cobrar o Governo é eficiente. Contra as usinas do Madeira, que fazem o que querem, ninguém faz nada e as obras causam danos irreversíveis ao meio ambiente”, afirmou.

Em tom de desabafo, o deputado declarou que a ação dos policiaistem sido truculenta e pessoas simples tem sido punidas com rigor. “É chegada a hora de o Governo tomar um posicionamento, através da Sedam, que tem o comando de Nancy Fernandes, pessoa que eu confio muito no trabalho”.

Em aparte, o deputado Eurípedes Lebrão (PTN) também lamentou as operações contra pequenos produtores. “Quem chegou aqui para trabalhar, há 30 ou 20 anos, agora é tratado como bandido. Para legalizar as áreas, é uma burocracia enorme e não há nenhuma boa vontade de ninguém”.

Também em aparte, Adelino Follador (DEM) manifestou oseu apoio à fala de Neodi e disse que a falta da regularização fundiária causa prejuízos ao Estado. “A população precisa ver ação para apoiar o crescimento de Rondônia. Hoje, o Incra e o Ibama emperra o nosso desenvolvimento e isso não podemos aceitar”, lamentou.

Flávio Lemos (PR) aparteou e fez um desabafo. “O maior crime ambiental foi cometido por essas usinas e o Ibama nem ninguém faz nada. Já contra os pequenos, basta capinar uma roça que é punido. Infelizmente, quem paga o pago são as pessoas que trabalham para retirar da terra o seu sustento”.