O governador estendeu a mão

Valdemir Caldas

Publicada em 01 de March de 2015 às 15:24:00

Recentemente, o governador Confúcio Moura foi à Assembleia Legislativa de Rondônia e conclamou os deputados a ajudá-lo na difícil missão de conduzir os destinos do Estado. O apelo ao diálogo veio durante a abertura dos trabalhos da Casa.

Ao contrário do que pensam algumas cabeças ocas, o chamamento não tem nada de incoerente ou de descabimento. Pelo contrário, revela a consciência e a humildade (que é sinal de grandeza) de quem sabe que dificilmente conseguirá governar sem a contribuição da ALE/RO, sobretudo neste momento crucial da vida estadual. Não confundir contribuição com subserviência.

A convocação está explicitada e devidamente justificada. Entre perder tempo com discussões artificiais e rixas politicas, que vão do nada a lugar nenhum, ou, então, fechar-se como crustáceo a permeação de novas ideais e pensamentos, acertou o governador ao estender a mão.

E de esperar-se, por conseguinte, que o poder legislativo retribua a gentileza, não dizendo amém a tudo que emanar do palácio Getúlio Vargas, mas despindo-se do discurso inútil e rancoroso e apoiando aquilo que realmente for de interesse da população.

As mudanças de que o Estado precisa não nascerão, jamais, de caprichos e idiossincrasias, mas da relação harmoniosa, respeitosa e profícua entre os poderes, do senso moral e da discussão construtiva de seus problemas. Pode parecer utopia, mas não há outro caminho. E isso, ou continuaremos marcando passo.

Bem andou o governador apelando ao diálogo (até porque a interação entre os poderes constitui um imperativo do regime democrático), criando, assim, um ambiente propício às transformações de que tanto Rondônia carece para continuar avançando na resolução de seus múltiplos problemas e, consequentemente, na melhoria da qualidade de vida da sua gente.