O problema não é Orleans, mas o PT

Vê-se, pois, que o problema não é Orleans, mas, sim, o PT, cuja imagem anda mais suja do que pau de galinheiro, com suas principais lideranças envolvidas até os fios de cabelo em bandalheiras

Publicada em 10 de fevereiro de 2016 às 10:23:00

 Valdemir Caldas

 

Um respeitado sindicalista local, em recente artigo, acostou-se em matéria jornalística, publicada num noticioso do interior, para realçar a importância da capacidade técnica do aspirante ao cargo de prefeito, e que isso influenciará, decisivamente, na escolha do eleitor que acorrerá às urnas, em outubro próximo.

Não somente a qualidade técnica, meu caro, mas, principalmente, a questão ética, dentre outros requisitos. E conclui citando o vereador Sid Orleans (PT) e um secretário de estado como exemplos de profissionais competentes e preparados para administrar a capital.

Longe de mim duvidar das habilidades profissionais de Orleans. Pelo contrário. Trata-se de um servidor público municipal competente e de um parlamentar atuante, cuja conduta retilínea, nas funções que exerceu, como chefe da Coordenadoria de Assistência Médica do Ipam e Secretário Municipal de Saúde, na administração do então prefeito Roberto Sobrinho (PT), prorrogando essas experiências no exercício de dois mandatos de vereador, o credencia a entrar na disputa pela prefeitura de Porto Velho.

À capacidade técnica, alia-se o fato de Orleans nunca ter dito seu nome envolvido em denúncias de corrupção. É provável, contudo, que setores do próprio PT, menos sensíveis ao apelo ético que varre o país de Norte a Sul, de Leste a Oeste, aleije-o da corrida pela prefeitura de Porto Velho, como aconteceu quando ele foi alçado à condição de candidato a vice na chapa do governador Confúcio Moura, e depois, preterido, cedendo lugar para o preferido do prefeito Mauro Nazif (PSB).

Vê-se, pois, que o problema não é Orleans, mas, sim, o PT, cuja imagem anda mais suja do que pau de galinheiro, com suas principais lideranças envolvidas até os fios de cabelo em bandalheiras.  Há, nas hostes petistas, muita gente decente, aqui e alhures, mas, a essa altura do campeonato, somente um louco atrever-se-ia a empunhar a bandeira vermelha e sair pelas ruas de Porto Velho pedindo voto. Quanto ao outro nome, mencionado pelo sindicalista, indago se o nobre já se esqueceu da operação Higéia da Polícia Federal?